Dos sonhos a uma vida frutífera

Introdução

1. O nosso tema geral para esta série de mensagem é: “No limite de Deus”. Começamos com o propósito de Deus nas provações. Vamos prosseguir selecionando textos que mostram sempre servos de Deus sendo provados e aprovados por Deus.
2. Neste domingo, refletiremos sobre a experiência de José, filho de Jacó. Veremos como um sonhador é preparado na escola da realidade para o cumprimento dos propósitos de Deus em sua vida.
3. A graça de Deus supera os limites das fraquezas humanas demonstradas no favoritismo de Jacó a José (Gn 37.3), na atitude de delação dos seus irmãos (Gn 37.2) e na arrogância de José no relato dos seus sonhos (Gn 37.5-11). Tanto essas fraquezas quanto a reação violenta dos irmãos de José não escaparam à ação soberana de Deus que usou tudo isto para realizar os seus propósitos. Isto nos dá esperança.

1º – OS SONHOS QUE INSPIRAM

1. “Vem lá o tal sonhador!” (Gn 37.19). Essa expressão zombeteira mostra como os idealistas podem ter problemas por causa dos seus sonhos. Os irmãos de José planejaram matá-lo e zombaram: “Vejamos em que lhe darão os sonhos” (Gn 37.20).
2. Os sonhos podem ser: a) associação de idéias às vezes incoerentes no sub-consciente de quem dorme: b) sinônimo de ilusão, devaneio e inconseqüência; c) percepções dos propósitos de Deus para a vida de quem sonha. Esses últimos são os sonhos que inspiram. Devem ser compartilhados com pessoas que estão também vivendo na mesma dimensão espiritual, como aconteceu com Maria e Isabel (Lc 1.39-45).
3. Mesmo que os sonhos pareçam extravagantes, devemos ter a mesma atitude de Jacó (Gn 37.10-11) e de Maria (Lc 2.19) que refletiam sobre as palavras que ouviam e as guardavam no coração. No tempo próprio, teriam a compreensão plena dessas coisas. Quando recebemos a plenitude do Espírito Santo, os jovens têm visões e os velhos sonham (At 2.17). Essas visões e sonhos são inspirações para prosseguirmos firmes como agentes do reino de Deus no mundo.

2º – A ESCOLA DA VIDA PREPARA OS SONHADORES PARA A MISSÃO

1. Em conversa com Thomas Edison, alguém observou que ele devia ter muita inspiração para tantas invenções. O cientista respondeu que devia 1% dessas invenções à inspiração e 99% à transpiração, isto é, ao duro trabalho de pesquisa.
2. O romantismo dos sonhos de José deu lugar às duras experiências de escravo (Gn 39.1) e de presidiário no Egito (Gn 37.20). Ele, no entanto, serviu com humildade e lealdade como escravo (Gn 39.2-6) e como presidiário (Gn 39.21-23). O segredo? “O Senhor era com ele e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos” (Gn 39.3, 21, 23). “Deus estava com ele e o livrou de todas as suas aflições” (At 7.9b-10ª). Por isso, ele saiu da cadeia para ser conselheiro de Faraó e, mais tarde, primeiro ministro do Egito (At 7.10).
3. As duras realidades da vida eram oportunidades aproveitadas por José para ser bênção para as pessoas onde ele estivesse. Eram também oportunidades de preparo para a missão que ele teria que cumprir. Ele viveu no espírito de Jesus que transformou a cruz, um instrumento de vergonha e dor, num instrumento de salvação para a humanidade.

3º – OS SONHOS SE TORNAM REALIDADE NUMA VIDA FRUTÍFERA

1. Chegou o momento no qual os sonhos de José se cumpriram. Mas ao invés de ele se vingar dos seus irmãos, foi o instrumento usado por Deus para preservá-los com vida no tempo de fome generalizada no Oriente Médio (At 7.11-14; Gn 50.18-21).
2. Além de José ter sido bênção para os egípcios e para o seu povo nos seus dias, Jacó profetizou a seu respeito para os dias vindouros (Gn 49.1): “José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto à fonte; os seus galhos se estendem sobre o muro” (Gn 49.22). Esses galhos que se estendem sobre o muro nos alcançam não só pelo testemunho que José deixou, mas porque a ação dele foi decisiva para a preservação do povo eleito e para que Deus enviasse, através desse povo, o seu Filho ao mundo para a nossa salvação. Em Cristo, somos plenamente abençoados (Ef 1.3).

Conclusão

Quando os nossos sonhos são percepções dos propósitos de Deus para nós, eles nos dão forças para sermos treinados na escola das árduas experiências humanas, a fim de que possamos produzir frutos que abençoem nossos irmãos e o mundo, pois a árvore não produz frutos para si mesma.

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