Vivemos em uma era de fala abundante e escuta escassa. Com apenas alguns cliques, milhares de palavras são lançadas ao mundo, muitas sem filtro, sem verdade, sem amor.
Nesse ambiente saturado de fake news, boatos e julgamentos precipitados, Deus nos chama a um caminho antigo, porém urgente: o caminho da sabedoria no falar.
- Ler: “Quem guarda a boca e a língua guarda das angústias a sua alma.” – Provérbios 21:23
Em suma, uma pessoa fala em média 16 a 20 mil palavras por dia. Curioso pensar que, com tantas palavras por dia, o desafio não é falar mais… mas falar com sabedoria. Você sabia disso?
Assim sendo, vamos explorar esse importante tópico para o nosso crescimento espiritual.
I. Guardar a boca é um ato de vigilância espiritual
- Provérbios 13:3: “O que guarda a boca conserva a sua vida.”
- Guardar a boca não é covardia — é maturidade espiritual. Significa observar, discernir e decidir quando e como falar.
- Como no verbo hebraico “shamar” — guardar, proteger — devemos vigiar nossas palavras como quem guarda um tesouro.
II. Palavras têm poder de vida ou de destruição
- Provérbios 18:21: “A morte e a vida estão no poder da língua.”
- Fake news e fofocas não são apenas “coisas da internet” — são formas modernas de matar reputações, gerar medo, dividir famílias e enfraquecer a verdade.
- Como cristãos, somos chamados a falar apenas o que edifica, exorta e consola (Efésios 4:29).
III. A verdadeira fé se reflete no controle da língua
- Tiago 1:26: “Se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes engana o próprio coração.”
- Tiago nos lembra que fé sem domínio da fala é uma fé autoenganada.
- Nosso testemunho perde força quando compartilhamos meias-verdades, julgamos precipitadamente ou alimentamos o caos com nossa voz.
IV. Jesus é modelo de silêncio sábio e palavra redentora
- Isaías 53:7: “Como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, ele não abriu a boca.”
- Cristo falou o necessário, calou o conveniente e redimiu com palavras de vida.
- Servir com a boca é também saber calar no tempo certo. No Reino, o silêncio pode ser mais eloquente que mil discursos.
Em Conclusão:
“As Três Peneiras de Sócrates”. São três conselhos simples antes de falarmos algo sobre alguém ou alguma situação:
- É verdade? – Antes de dizer algo, pergunte-se: Tenho certeza de que isso é verdadeiro? Se for apenas boato ou suposição, talvez seja melhor silenciar.
- É bom? – O que você vai dizer é algo que edifica, encoraja ou traz paz? Se for algo que machuca ou destrói, mesmo sendo verdade, talvez não deva ser dito.
- É necessário? – Mesmo que seja verdade e bom, é realmente necessário dizer isso agora? Vai ajudar alguém? Vai fazer diferença?
Essas três peneiras — verdade, bondade e necessidade — são filtros poderosos para uma comunicação mais ética, sábia e compassiva. Em tempos de excesso de palavras e escassez de escuta, elas são mais atuais do que nunca.
Assim sendo, guardar a boca é mais do que prudência — é obediência. Em um mundo cheio de vozes, que nossos lábios sejam portadores da verdade, do amor e da esperança. Em vez de disseminar ruído, sejamos guardiões da paz por meio da linguagem.
Finalmente, convido todos a orarem como o salmista: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.” – Salmos 141:3
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- Azedou a comunicação cristã: Este livro que aponta problemas… nas redes sociais, que vem corroendo a percepção amorosa com a qual o povo cristão foi reconhecido até a última década.
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