Amando a Igreja do Senhor. Ela é o Povo de Deus

A Igreja de Cristo – Nasceu no coração de Jesus.
Sempre fez parte do plano de Deus atrair pessoas e formar comunidades, com o fim de, através destas, revelar seu plano salvífico a toda a criação. Daí, que surge a aliança com Abrão, com o objetivo de ser um abençoador (Gn 12.1-3). Moisés foi chamado com esse propósito – o resgate e libertação do povo de Deus. Israel, em toda a sua trajetória, conviveu com uma expectativa de ser instrumento de redenção a todos os povos, veja a locução do profeta Isaías: “Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao SENHOR, dizendo: O SENHOR, com efeito, me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca. Darei, na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. Aos estrangeiros que se chegam ao SENHOR, para o servirem e para amarem o nome do SENHOR, sendo, desse modo, servos seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança, também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos.” (Is 56.3-7). Nesse contexto, é que encontramos Jesus dizendo: “Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus.” (Mt 8.11).
Assim que, neste intento, vindo do plano salvífico de Deus, é que brota no coração de Jesus, no momento da confissão de Pedro, resgatando o sonho messiânico, a declaração que sobre aquela palavra, Ele, o Messias, o Filho de Deus, afirma: Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja!!! Por isso, Jesus amou a Igreja. “Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém, santa e sem defeito.” (Ef 5.25-27). Nesse quadro, é que a Igreja é a noiva do Cordeiro, conforme a imagem no Apocalipse 21.1-3: “Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. Vi, também, a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.”
Por sermos seu povo, comunidade sem fronteiras físicas, daqueles e daquelas que aceitaram Jesus como Senhor e Salvador e foram lavados e remidos no sangue do Cordeiro Jesus.

Jesus deseja que esta Igreja seja santa, irrepreensível, sem mácula, luz do mundo e sal da terra. Para isso, ela precisa ser cuidada, pastoreada, alimentada nos princípios do Evangelho, submissa à Palavra de Deus e à ação poderosa do Espírito Santo, de modo a tornar-se uma comunidade saudável e curadora, acolhedora, amorosa e madura.

Para que isso ocorra, os principais responsáveis são os líderes do rebanho, pastores e pastoras, líderes de ministérios. Nós precisamos ser o exemplo de santidade, integridade, amor e maturidade, dedicando-nos e amando a Igreja com o mesmo amor que Jesus tem pela ela. E cuidemos dela de tal maneira e a edifiquemos de modo a fazer dela um povo de discípulos e discípulas de Cristo. Irmãos e irmãs, como o mundo está necessitando de comunidades assim! Nosso sonho de crescimento, expresso no último estudo, passa por plantar igrejas amorosas e curadoras em todo o nosso Estado, bairro a bairro, povoado a povoado, cidade a cidade.

Como amar a Igreja?

A) Louve e agradeça a Deus por sua igreja.

Tenho me defrontado com murmuração contra a Igreja. Por mais problemas que tenhamos, a Igreja é de Deus; Jesus a amou e se deu por ela, por isso, devemos amá-la. Ouço dizer: “Eu dou minha vida pelo Senhor e pelo Evangelho, e não pela Igreja instituição.” Isso é um equívoco; como separar tais coisas? Se você sai da sua igreja local e vai para outra, encontra coisas iguais ou piores. E concluo que a Igreja é lugar de pecadores, seres humanos a caminho da maturidade. Se você sai e funda sua igreja, não é garantia nenhuma de que vai ser melhor do que é; vai ter a sua cara. Nós somos todos pecadores/as, dependentes da graça de Deus.
O melhor é fazer como Paulo. Ele sempre dava graças a Deus pela Igreja, fosse qual fosse: “Dou graças ao meu Deus por tudo que recordo de vós, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vós, em todas as minhas orações.” (Fp 1.3-4). Por que ele fazia isso? Porque a Igreja é lugar de salvação, lugar de perdão e reconciliação, lugar de conforto espiritual. Recorde quantas vezes você foi à igreja contrariado, sem mensagem, e um/a irmão/ã abordou você, o/a encorajou, o/a abraçou; às vezes um sorriso, um novo ânimo, um novo cântico em seus lábios. Isso é o mover de Deus através do Corpo de Cristo; essa é a Igreja do Senhor. Por isso, ame a Igreja, ofereça o melhor de você por ela; ainda que contrariado, faça porque o Senhor fez, faça porque ela é a noiva do Cordeiro. Não espere retribuição dela, mas do Senhor, que é galardeador dos que o amam e amam a sua Igreja. Este deve ser nosso propósito ministerial.

B) Torne a Igreja como sua família, alegre-se por ela.

Jesus nos amou primeiro (cf. Rm 5.8); não espere que a Igreja ame você, ame-a por ser ela o que é: a Igreja do Senhor. Alegre-se com isso. Não se limite no que ela é no plano humano, pense no plano espiritual, pense nas promessas de Deus à Igreja, pense no que ela pode se tornar. Pois se você mesmo orar mais por ela, jejuar mais, ofertar mais, que bênção ela será! Não pense no que você pode receber dela somente, isso é egoísmo, pense no que você pode dar por ela, em dons e ministérios. Ela é a sua família da fé.

Lembre-se: nossas famílias, filhos/as, esposo/a, sogro/a, pai, mãe, nem sempre correspondem ao que esperamos deles, mas nós os amamos do mesmo jeito. A Igreja, repito, é a nossa família da fé.

C) Amamos a Igreja quando a mantemos em nosso coração.

Assim como você se liga a seus filhos, pais e outros queridos, e recorda deles em oração, preocupado com eles, faça também isso por sua Igreja. Eu e Glaucia temos nossa hora devocional todas as manhãs, quando lemos a Bíblia, o No Cenáculo e oramos pelos nossos filhos, filhas, nora, genros e outros membros da família, mas oramos também pela Igreja, pelos irmãos e irmãs, pelos Bispos, pelos pastores e pastoras, conforme o Espírito propõe ao nosso coração. Ouçamos o que o Apóstolo diz sobre a Igreja neste tema: “Aliás, é justo que eu assim pense de todos vós, porque vos trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos sois participantes da graça comigo.” (Fp 1.7). “Não falo para vos condenar; porque já vos tenho dito que estais em nosso coração para, juntos, morrermos e vivermos.” (2 Co 7.3).

D) Tenha sempre alegria no convívio e na comunhão.

Não permitamos que nosso ministério seja somente um dever; faça dos momentos com a igreja tempo de grande alegria. Leia outro testemunho de Paulo: “Pois minha testemunha é Deus, da saudade que tenho de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus.” (Fp 1.8). “Portanto, meus irmãos, amados e mui saudosos, minha alegria e coroa, sim, amados, permanecei, deste modo, firmes no Senhor.” (Fp 4.1). Vejam, também, o testemunho de Wesley sobre isso: “Domingo, 18 de fevereiro de 1750: Hoje, também, onde nós nos reunimos, Deus manifestou seu poder; mas particularmente em nossa festa de amor. A simplicidade com que muitos falaram, declarando a maneira como Deus lhes tinha falado, inflamou o coração de outros; e a chama se espalhou mais e mais, e, tendo ficado quase uma hora mais do que o costume, estávamos constrangidos por ter de separar-nos.”

E) Sonhe com conquistas e o crescimento de sua Igreja.

Não se esqueça de que a Igreja é de Deus! Portanto, ela tem uma missão: Fazer discípulos de Jesus, cooperar com Deus no seu propósito de salvar o mundo. O melhor e o que há de mais grandioso pode e deve acontecer com a sua Igreja. Nem de longe esteja numa Igreja, lustrando bancos, marcando o tempo, esperando uma transferência. SONHE!!! “Porque não quero, agora, ver-vos apenas de passagem, pois espero permanecer convosco algum tempo, se o Senhor o permitir. Ficarei, porém, em Éfeso até ao Pentecostes; porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me abriu; e há muitos adversários.” (1 Co 16.7-9).

Ore como Paulo: “Ora, o nosso mesmo Deus e Pai, e Jesus, nosso Senhor, dirijam-nos o caminho até vós, e o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco, a fim de que seja o vosso coração confirmado em santidade, isento de culpa, na presença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.” (1 Ts 3.11-13).

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