A Inserção do Cristão do Mundo

Introdução
Com o advento de muitas religiões no mundo e ao nosso redor, experimentamos um certo descrédito e desânimo para com eles. A nossa tendência é deixar de lado as pessoas que seguem as outras religiões.
Precisamos recobrar o nosso senso de embaixadores de Cristo no mundo.

Transição
Para sermos embaixadores de Cristo ao mundo, necessitamos de uma base teológico para o nosso diálogo com pessoas de outras religiões. Vejamos esta base teológica em três aspectos:

1. Criação de Deus
1. O Gênesis relata que Deus criou todas as pessoas à sua imagem e semelhança: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; o homem e a mulher os criou” (Gn 1.27).
2. O pecado desfigurou este relacionamento, tanto pessoal como comunitário, mas aspectos desta imagem sobrevive.
3. Por crermos que esta imagem está presente, podemos dialogar com qualquer pessoa independente do grupo religioso a qual ela pertence.
4. O AT nos dá evidência de que Deus não é somente Deus de Israel, mas sim de toda a terra. Todos os povos lhe pertencem.
5. O que as vezes atrapalha o nosso diálogo é o entendimento de que somos “filhos”. Isto não elimina o amor de Deus.

2. Encarnação de Cristo
1. Cristo, o Verbo encarnado, iluminou todos os seres humanos: “A vida estava nele, e a vida era a luz dos homens”. “A verdadeira luz veio ao mundo, ilumina a todo homem” (João 1.4,9).
2. Ainda que esta presença seja distorcida pelo pecado, Cristo abriu a possibilidade para que todas as pessoas tenham acesso a Deus.
3. Justino Martir e Clemente de Alexandria acreditavam que o grande avanço da civilização no seu tempo, foi possível por causa da presença do Verbo Divino.
4. “A existência de Jesus é a manifestação da existência de Deus” (K. Barth).
5. Deus nos procurou em Cristo e em Cristo ele nos encontrou.

3. Direção do Espírito Santo
1. A presença do ES no mundo e não meramente na igreja.
2. João 16.8: “Quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”.
3. O ES imparte nas pessoas (sem Cristo) o sentimento da justiça, pecado e do juízo, antes da chegada do evengelizador.
4. Sem a participação do ES não seria possível o reconhecimento de Cristo por parte das pessoas.
5. O ES é o vento de Deus que sopra onde quer e como quer. O ES então é Deus indo de um lugar para outro, do seu lugar para o nosso (K. Barth).
6. Onde o ES está presente, existe a nova criação.

Conclusão
Cristo ofereceu a nós o ministério da reconciliação.
Deus fala através de nós. Esta é a única coisa que podemos fazer pelo mundo para que ele se reconcilie com Deus em Cristo.

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