Amada congregação do Senhor Jesus Cristo,
Os pais que têm filhos e deram-lhes nomes, provavelmente pensaram muito até acharem um nome que agradou. Muitos escolheram um nome simplesmente por achá-lo bonito. Outros deram o nome do pai ou de uma pessoa conhecida. Mais outros deram nomes bíblicos, nomes como Moisés, Elias, João, Pedro ou Thiago. Vamos falar agora sobre o nome do Senhor, o nome Jesus, que é o nome mais importante de todos os nomes. Por interessante todos os outros nomes sejam, nome algum se compara ao de Jesus! O nome de Jesus é tão especial que só ele merece ter esse nome. Por que ele tem esse nome? Como foi que ele o recebeu? Quem lhe deu esse nome? Quando Maria estava grávida, José precisava escolher um nome. Naquela época escolher o nome era a tarefa do pai. Mas como José não era o pai natural do Senhor, ele não quis nem pensar neste assunto. Ele até planejava deixar Maria. Pois José sabia que o filho não era dele. Mas o que aconteceu? Veio um anjo do Senhor e disse a José: “Maria dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mateus 1: 21). Então, Deus mesmo escolheu o nome “Jesus”! E mais, Deus mandou José dar este nome ao filho que nasceria. Meditando sobre isto, a nossa conclusão só pode ser uma: Se Deus mesmo escolheu o nome de Jesus, então o nome de Jesus merece consideração especial. Pois um nome dado por Deus não é um nome diferente. Tal nome não é nome qualquer. Podemos entender isso quando refletimos sobre o significado do nome “Jesus”. “Jesus” significa “Salvador”. Então, irmãos, quando Deus escolheu este nome para seu Filho, ele deixou claro, já antes que ele nascesse, que ele nasceria para ser o Salvador.
Agora, será que o nome de Jesus sempre foi bem aceito? Podemos dizer que o Senhor foi bem acolhido entre os homens, que as pessoas levaram o nome de Jesus a sério e que todos o reconheceram como o Salvador? Será que as pessoas ficaram maravilhadas com Jesus? Será que o nome de Jesus tornou-se o único nome pelo qual os homens buscam a salvação? Vejam só irmãos! A verdade é que o Senhor, quando começou a manifestar-se em público, foi muito mal recebido. A reação do próprio povo dele foi negativa. “Mesmo depois de Jesus ter feito muitos sinais miraculosos, eles não creram nele” (João 12: 37). Assim se cumpriu a palavra do profeta Isaías: “Senhor, quem creu em nossa mensagem, e a quem foi revelado o braço do Senhor”? É uma queixa feita pelo profeta Isaías, que viu com seu olho profético “a glória de Jesus” (João 12: 41). O profeta Isaías, tendo consciência da glória de Jesus, ele já previu que o nome maravilhoso de Jesus não seria bem aceito. Poucos viram nele a glória e o braço forte de Deus. Muitos, até líderes, creram em Jesus, sim. Mas a grande maioria deles tinha vergonha de aproximar-se dele. A grande maioria tinha medo de ser zombado pelos outros, ou de ser expulso da sinagoga (João 12: 42). Por isso poucos judeus confessaram a fé em Jesus. “As pessoas amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (João 12: 43). Quer dizer, ninguém quis confessar o nome de Jesus, correndo o risco de ser criticado e rejeitado pelos homens.
Irmãos, como isso podia acontecer? Como era possível que Deus Pai destinou seu único Filho amado para ser o único Salvador do mundo, dando-lhe o nome de Jesus, o que significa “Salvador”, enquanto a maioria do povo não ligava para nada? Mas que coisa! Aquele cujo nome é maravilhoso foi pregar nas cidades e aldeias. No início muitos ficaram maravilhados. Mas não demorou muito e ele foi rejeitado! A Palavra de Deus diz que ele se tornou “a pedra rejeitada”. Havia pessoas que seguiram a ele para ver milagres e sinais. Havia pessoas que traziam doentes para serem curados. Havia multidões quando o Senhor estava repartindo e distribuindo pão. Mas quem creu na mensagem dele? Quem deu ouvidos a seus ensinamentos? Quem creu o testemunho do Senhor, quando ele declarou e mostrou biblicamente que é único Filho de Deus? Quando Jesus pregou pela primeira vez na cidade onde havia sido criado, a igreja estava cheia. Todos estavam eram curiosos. Até ficaram maravilhados com as palavras que ele falou. Mas alguém perguntou: “Espere aí, esse Jesus, que está falando tão bonito, é o filho de quem? Ele não é o filho de José o carpinteiro? Nós não conhecemos seus irmãos? Ele é um da gente! Então, o que ele quer dizer ou ensinar”? Resultado: todos ficaram revoltados e ninguém creu nele. Todos ficaram furiosos e até tentaram linchá-lo (Lucas 4: 29). Mas que coisa, irmãos! Como é que podia ser assim? Ele não era o único Salvador, cujo nome foi dado por Deus? O destino dele não era salvar o povo dos pecados dele? Por que então ele foi rejeitado por muitos?
Neste momento chegamos a um ponto muito importante, que tem tudo a ver com os ensinamentos bíblicos no Domingo 11 do catecismo de Heidelberg. A verdade é que Jesus não era assim como a maioria pensava que o salvador seria. As pessoas aparentemente tinham um pensamento diferente. As pessoas pensavam que Jesus o Salvador seria um homem forte, um homem que viria para botar ordem no país, expulsando os inimigos e resgatando o orgulho nacional. Muitos estavam esperando por um homem vitorioso, um vencedor. Aí está o problema, pois Jesus, o único Salvador, ele não se apresentou como um vencedor. Ele não se apresentou como um ídolo. Ele não tinha seu fã clube. Pelo contrário, o único Salvador Jesus se apresentou como um homem tão fraco quanto os outros. “Ele não tinha aparência nem formosura. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é sofrer. Ele era como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizeram caso” (Isaías 53: 2-3). São palavras do profeta Isaías, que falou sobre Jesus. Jesus não veio ao mundo para ser revelado como ídolo. O que aconteceu foi justamente o contrário. Muitas pessoas o tratavam como se fosse um lixo, um marginal, um João ninguém. Ele não era, por final de contas, o filho de José? Ele não era Jesus o Nazareno, cuja família morava na aldeia de Nazaré? Ele não era da região mais atrasada do país, de onde até agora só vieram matutos?
A coisa mais difícil para o povo dos judeus era acreditar que Jesus era o único Salvador. Difícil de acreditar que aquele homem veio para salvar seu povo dos pecados dele. Por isso muitos viraram as costas. Outros ficaram bravos e até ofenderam ao Senhor Jesus. Mais outros começaram a falar mal dele, espalhando mentiras. Mais outros procuraram as autoridades e pediram que Jesus fosse preso e condenado, pois Jesus estava perturbando povo, introduzindo uma religião paralela. Muitos que creram nele, não tinham coragem de confessar o nome dele. Pois Jesus não era um salvador segundo o gosto deste mundo. Jesus se apresentou como um homem igual aos outros. A única diferença entre Jesus e os demais homens era que Jesus não teve pecado e só andava fazendo o bem. Pelo resto, o Senhor era igual aos outros. Ele não era um príncipe encantador com olhos azuis e cabelos brancos. Eles era igual aos outros. Ele tinha, como todos os Judeus, cabelo preto e olhos castanhos. Ele comia a mesma comida, e bebia a mesma bebida. Ele comia pão e peixe, e bebia água e vinho. Depois de uma caminhada, ele estava cansado. Quando estava cansado, ele pegou no sono. Quando ele perdeu um amigo, ele chorou. Quando ele foi maltratado, ele ficou calado. Este Jesus, irmãos, veio como o único Salvador. Este Jesus, um homem sofrido, é o único em quem está a vida. Não há outro nome pelo qual importa que sejamos salvos.
Como podemos crer nele? É só pela graça de Deus, irmãos! Sem a graça de Deus, ninguém faz caso de Jesus. Sem a graça de Deus, todos nós deixamos Jesus de lado e procuram outros nomes. Se Deus não nos mostra que Jesus é o único Salvador, nós acabamos inventando na hora outros salvadores. Se Jesus não é tudo para nós, inventamos outras religiões, outras crenças e outras leis. Se Jesus, não é a única pessoa em nossa vida, precisamos de outras. Assim há muitos que confiam, além de confiar em Jesus, também em imagens de santos, ou em Maria, ou em grandes líderes humanas, ou no Espiritismo, ou nas artes esotéricas, ou em doutores e remédios, ou em cientistas, ou em ídolos. Muitos hoje em dia que estão fazendo a mesma coisa que os Judeus faziam quando Jesus andava na terra. Muitos esperam por sinais e milagres. No entanto, são poucos os que crêem na mensagem de Cristo. São poucos que crêem na mensagem da cruz. Para muitos Jesus foi uma pessoa muito boa, uma das pessoas que realmente ajudaram a humanidade a aprender mais. Mas poucos dizem que Jesus é tudo.
Irmãos, não devemos perder a cabeça, diante de tanta confusão e diversidade de religiões. O mais importante continua sendo o fato que nós recebemos perdão dos nossos pecados, somente pelo sangue de Cristo. O ato mais importante jamais feito por uma pessoa humana, em prol da humanidade, é que Jesus carregou a cruz, e morreu como inocente pelos nossos pecados. Esta é a nossa maior felicidade, a nossa felicidade mais profunda e preciosa: Jesus se tornou o nosso único Salvador, de acordo com o Plano de Deus,. “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si. Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Ele foi contado com os criminosos, contudo levou sobre si o pecado de muitos ” (Isaías 53). Irmãos, tudo isto, o perdão dos nossos muitos pecados e a vida eterna, encontramos só em Jesus. Tudo isto encontramos só em Jesus, a Testemunha fiel e o primogênito dos mortos. Maria não foi crucificada para dar-nos o perdão e a vida. Todos os santos não fizeram nem um por cento de tudo que Jesus fez quando derramou seu sangue. Por isso, irmãos, creiam no nome de Jesus! Ele é a pedra rejeitada pelos homens, mas escolhido por Deus. Deus Pai o destinou para ser o nosso único e perfeito Salvador. Ele recebeu o nome Jesus, “porque ele nos salva de todos os nossos pecados e porque, em ninguém mais, devemos buscar ou podemos encontrar salvação”.
Amém.