Jacó havia morrido e os irmãos de José temeram por suas vidas (v15). Então, enviaram um mensageiro a José para interceder por eles (v16). Sensibilizado, José chorou enquanto o mensageiro lhe falava (v17). Em seguida chegaram seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: “Eis-nos aqui por teus servos” (v18). A palavra hebraica abadim (servos) pode ser traduzida por “escravos”, que é melhor, mais forte, e se adeqüa perfeitamente no contexto.
O que segue é uma das mais belas antecipações do evangelho.
1. José deixa com Deus a maldade de seus irmãos
“Respondeu-lhes José: Não temais; acaso estou eu em lugar de Deus?” (v19).
2. José vê o propósito de Deus na maldade de seus irmãos
“Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida” (v20, cf. 45.5-8).
3. José paga com o bem a maldade de seus irmãos
“Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração” (v21)
Conclusão e aplicação:
De tudo que podemos aprender de José, o que ficam são suas lições práticas para a vida cristã. Considerando que José viveu cerca de 1600 anos antes de Cristo, ele antecipou para nós o verdadeiro sentido do adjetivo que qualifica alguém como cristão ou semelhante a Cristo. José, em uma atitude verdadeiramente cristã, soube deixar com Deus a ofensa de seus irmãos (v19) porque aprendeu a ver o propósito divino na maldade dos mesmos (v20) e, além de tudo isto, pagou com o bem o mal que lhe fizeram (v21). Em outras palavras, José praticara o que o Senhor Jesus e o apóstolo Paulo ensinariam futuramente; a saber, pagar o mal com o bem (Rm 12.21) com demonstração prática de perdão (Mt 18.23-35). Eis aí um típico cristão no Antigo Testamento, com o qual o cristão do novo milênio deveria aprender e a ele imitar.
Quero dizer a você que está brigado com um irmão ou parente qualquer, que você só poderá dizer que confia verdadeiramente no juízo de Deus e reconhece a direção dEle em sua vida, quando você aprender a pagar o mal com o bem.