Como ter um coração agradecido é um belo sermão que fará mudanças na sua maneira de pensar e agir neste mundo.
Texto: 1º Crônicas 16:8-9
Introdução:
O governo americano cedo percebeu a importância de ter, todo ano, um dia especial no qual as pessoas pudessem recontar as bênçãos recebidas e expressar gratidão a Deus por Sua bondade.
A tradição veio dos Peregrinos, os primeiros europeus a chegarem na América. A primeira Ação de Graças foi decretada pelo Governador Bradford em 1621 para comemorar a colheita e agradecer a Deus pela proteção durante o primeiro inverno na nova terra. Os americanos nativos celebraram junto com eles.
Depois George Washington proclamou em 26 de novembro de 1789, um dia nacional de ação de graças, mas o feriado não foi repetido em uma base nacional até que Abraham Lincoln nomeou isto num Festival de Colheita nacional no dia 26 de novembro de 1861. Depois daquele tempo, o feriado foi proclamado anualmente pelo Presidente e os governadores de cada estado.
Finalmente em 1941, o Congresso votou um projeto de lei que nomeia a quarta quinta-feira de cada novembro como Dia de Ação de Graças (Thanksgiving).
PARTE I
No Brasil, o presidente Gaspar Dutra instituiu o Dia Nacional de Ação de Graças, através da lei no 781, de 17 de agosto de 1949, por sugestão do embaixador Joaquim Nabuco, entusiasmado com as comemorações que vira em 1909, na Catedral de São Patrício, quando embaixador em Washington. Em 1966, a lei no 5110 estabeleceu que a comemoração de Ação de Graças se daria na quarta quinta-feira de novembro. E assim tem sido comemorado o Dia de Ação de Graças pela nação brasileira desde então.
Todavia, se formos mais profundos na história, veremos que a origem do Dia de Ação de Graças nos remete para os tempos bíblicos, quando o povo de Deus celebrava as Festas em ação de graças pelas provisões divinas. Havia a Festa da Colheita ou Festa da Sega – חקציר חג “hag – haqasir” (Êx 23.16), Festa das Semanas בעותשׁ חג “hag xabu ́ot” (Dt 16.10), o Dia das Primícias dos Frutos – הבכורים יום “yom habikurim” (Nm28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico, e em cada festa, Israel lembrava Quem era Aquele que sustentava o povo de Deus em todo tempo. Todas estas Festas com suas peculiaridades apontavam sempre para a obra de Cristo na cruz trazendo- nos salvação eterna e provendo-nos ampla entrada no Reino Celestial, pelo que importa sermos eternamente gratos.
Nós temos razões de sobra para agradecer oficialmente as muitas bênçãos que o Senhor Deus tem nos dado, embora não seja necessário um dia para isso (pois devemos expressar nossa gratidão sempre), que neste dia, de forma mais intensa e especial, expressemos nossa gratidão a Deus e as pessoas que nos cercam.
PARTE II
Como é maravilhoso estar ao lado de pessoas agradecidas. Elas são vivas, amigas, reconhecem o valor das coisas. Por outro lado, como é triste estar ao lado de pessoas ingratas. Elas murmuram o tempo todo, reclamam de qualquer coisa e nunca estão satisfeitas com nada. Deus, o todo Poderoso, muitas vezes suporta estas pessoas, mas nós, serem humanos, temos dificuldade de conviver com pessoas assim.
Portanto, neste dia Nacional de Ação de Graças, aproveitemos para refletir sobre nossa disposição mental em relação ao que acontece a nossa volta. Pense e responda: Como você tem enxergado o mundo? Como tem lido os fatos que ocorrem em sua vida? Tens visto as coisas pelo prisma da gratidão ou da insatisfação? Quantas coisas você recebeu e alcançou e agora pode agradecer?
Creio firmemente que até mesmo as adversidades que muitas vezes nos sobrevem, são para o nosso bem (Sl 119.67, 71). E se formos sinceros, constataremos que em meio as lutas e aflições que já passamos, nós conseguimos crescer e amadurecer, tornando-nos pessoas melhores, mais conformadas à imagem de Cristo. Então, por tudo devemos dar graças (1a Ts 5.18), até mesmo pelas dificuldades, pois estas nos fazem nos aproximar mais de Deus.
Mas se um filho adoece, ou quebra um braço, como iríamos agradecer? “Obrigado Senhor, porque não quebrou os dois braços e as pernas, foi apenas um braço”. E se alguém morrer, tem como agradecer? Sim! “Obrigado Senhor, por ter me dado o privilégio de viver ao lado desta pessoa tão querida por todos estes anos” (vede Jó 1.21).
CONCLUSÃO
Gratidão tem haver com caráter e com a forma como enxergamos a vida. Pessoas gratas vivem melhor, são mais agradáveis de se conviver, são sábias, não ficam rancorosas de coração e agradam a Deus (2a Ts. 1.3-5).
Que nossos atos reflitam nossa Ação de Graças! Que aproveitemos cada ocasião para agradecer às pessoas que nos ajudaram! Que reunamos nossos amigos e familiares para confraternizações à mesa em Ação de Graças! Que nossas mãos estejam estendidas a quem necessita de ajuda, como reflexo de nossa gratidão por tudo que recebemos. Que nossa gratidão seja expressa em cada palavra, gesto ou ação, refletindo um coração agradecido a Deus (Sl 116.12-14) e às pessoas que nos circundam, reconhecendo que tudo que temos ou somos é dádiva da divina mão.
Intensifiquemos nossa Ação de Graças para que a glória de Deus seja exalçada, e nossa adoração ao Redentor seja feita com corações agradecidos pelas bênçãos alcançadas (Ef 1.3), cuja expressão de gratidão seja evidenciada numa vida transformada. S.D.G.
Autor: Rev. Daniel Alves
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