Neste sermão vamos aprender sobre caráter escultural na vida de Pedro.
Texto: 2 Coríntios 3.18
E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.
A estrada para o caráter
Primeiro na lista de livros mais vendidos em 2015, do jornal norte-americano The New York Times, e considerado, pelo The Economist (revista de notícias inglesa), um dos melhores do ano passado, está um livro que denuncia a grande necessidade de nossos dias: homens e mulheres de caráter, de caráter escultural.
Em The Road to Character (tradução livre: A estrada para o caráter), David Brooks, que é estudioso da cultura contemporânea, argumenta que houve, na história ocidental recente, uma guinada significativa, cujos impactos são profundos. Tornamo-nos a cultura do “Grande Eu”. Hoje, as virtudes curriculares desejadas por todo mundo são: riqueza, fama e sucesso. As virtudes louváveis, que outrora eram cobiçadas, tais quais: bondade, bravura, honestidade, fidelidade, dentre outras, foram todas descartadas.
A consequência imediata dessa mudança de paradigma pode ser observada na forma egocêntrica de viver adotada pela maioria. Comentando sobre todas essas transformações, Brooks escreve assim:
A mudança na forma de pensar levou ao egoísmo, ao desejo de usar o outro como meio para se obter coisas para si mesmo. Também levou ao orgulho, ao desejo de se ver a si mesmo como superior a todas as outras pessoas.
Fundamentando o seu pensamento, ele cita a frase famosa de Emanuel Kant, que diz: “Do pau tordo da humanidade, nenhuma coisa reta jamais foi construída”.
Realente! Olhando ao redor, parece não haver esperança. As pessoas estão cada vez mais tortas e os relacionamentos cada vez mais utilitários. No lugar do caráter, o que se vê é consumismo – de pessoas e de produtos; no lugar da ética e da moral, o que se observa é estética, imoralidade, a busca de riqueza, fama e sucesso a qualquer preço.
O argumento inteligente de David Brooks é que nós precisamos, urgentemente, de uma estrada que nos leve de volta ao caráter. Agora, sabe o que mais me impressiona no livro desse homem? Para guiar o leitor pela estrada da reconstrução do caráter, ele apresenta exemplos históricos de pessoas que construíram belas formas de vidas, para nos provar que “pau que nasce torto” não precisa morrer torto.
Desde Plutarco (viveu, aproximadamente, entre 46 e 120 d.C), vários filósofos que se propuseram a discutir sobre moral ou moralidade adotaram exemplos biográficos para comunicarem padrões de comportamento. David Brooks faz o mesmo, crendo que o exemplo é o melhor mestre, ele seleciona cerca de 20 perfis e extrai deles lições que oferecem ao leitor oportunidade para repensar as suas prioridades, e se esforçar para construir vidas interiores marcadas pela profundidade moral.
Caráter escultural
Crente que também sou de que exemplos são os melhores mestres, escolhi a vida do apóstolo Pedro como um estudo de caso. Deus permitindo, nós investiremos alguns meses estudando, todo domingo a noite, a transformação escultural que o Senhor fez no caráter de Pedro. Chamaremos essa serie de mensagens de Caráter escultural. Queremos descobrir como Deus talha em nós o caráter de Cristo. Mas…
Por que Pedro?
De todos os apóstolos, é de Pedro que nós mais temos informações no Novo Testamento. A sua história com Jesus é a mais completa de todas, principalmente nos Evangelhos e em Atos dos Apóstolos. Nos quatro evangelhos, extraído o nome de Jesus, o nome de Pedro é o que mais aparece. São 96 vezes. Em Atos, o nome dele aparece 58 vezes. Também há 7 ocorrências dele noutros lugares. São 161 ocorrências no total.
Lendo os evangelhos, você descobre que nenhum outro apóstolo falou mais do que Pedro. Também a nenhum outro Jesus mais se dirigiu do que a Pedro. São, portanto, muitas passagens sobre a vida dele, revelando com certos detalhes a forma como o Senhor o transformou.
- Mas não é só pela quantidade de informações. Quando lemos as narrativas que envolvem a pessoa de Pedro, nós somos atraídos pela sua humanidade. É fácil se identificar com ele. Especialmente se você é do tipo: “Aja primeiro, pense depois!” Principalmente se você é impulsivo, impetuoso e inconsequente – p.e., veja Pedro no monte da transfiguração, andando sobre as águas, negando a Jesus e cortando a orelha do soldado romano. A humanidade de Pedro, retratada nas páginas da Bíblia, é impressionante, é cativante, é edificante!
- Além da quantidade de material sobre ele, além da vida cativante que encontramos nele, a terceira razão para estudarmos a vida de Pedro em detalhes está no fato dele ter sido, nitidamente, o líder dos Doze. Os apóstolos são com frequência designados de “Simão e os que com ele estavam” (Mc 1.36; Lc 9.32). Seu nome sempre aparece primeiro na lista dos discípulos. Ele foi o primeiro a ser chamado pelo nome por Jesus (Jo 1.40-42).
- Em terceiro lugar, é importante estudar a vida de Pedro porque os fatos de sua história são surpreendentes – sua vida familiar, seus traços pessoais e seus privilégios espirituais. Em linhas gerais, veja o seguinte.
- Vida familiar | O nome de seu pai era Jonas, mas não sabemos o nome de sua mãe. Ele tem um irmão, André, que foi levado a Jesus primeiro. Era originalmente de Betsaida, na costa ocidental do mar da Galiléia, mas estabeleceu-se em Cafarnaum por motivos que se desconhece. Não recebeu educação formal, embora, assim como a maioria dos meninos judeus, tenha estudado as Escrituras a partir dos cinco anos (At 4.13). Foi casado. Sua esposa o acompanhou em pelo menos algumas viagens missionárias mais perigosas (1Co 9.5). Sua casa era ampla – dois pavimentos (Mc 2.4) – e dava espaço para ele, sua esposa, sua sogra, seu irmão André e, possivelmente, até para Jesus (Mt 8.14; Mc 1.29, 36; 2.2).
- Traços pessoais | André e Simão foram discípulos de João Batista. Isso prova que ambos estavam em busca da verdade. Era pescador profissional. Com André, seu irmão, ele tinha uma sociedade com Tiago e João, um pequeno negócio comercial (Lc 5.10). Tinha um sotaque galileu pesado que facilmente o destacava do restante do povo da Judéia (Mc 14.70; At 2.7).
- Privilégios espirituais | Pelo menos sete milagres de Jesus foram realizados para Pedro ou estão relacionados a ele (as duas pescas maravilhosas, a cura de sua sogra, o andar sobre as águas, a cura da orelha de Malco, as duas libertações maravilhosas da prisão e a moeda na boca do peixe). Ele foi o primeiro a confessar a sua pecaminosidade a Jesus. Recebeu do Senhor as repreensões mais severas. O Evangelho de Marcos é fruto de sermões por ele pregados em Roma. Possui proeminência em diversos acontecimentos importantes durante o ministério de Jesus e após ele. Depois de sua miraculosa libertação da prisão, Pedro parte de Jerusalém, onde Tiago assume a liderança (At 15; Gl 2.9). Daquele momento em diante, Pedro se dedica ao trabalho missionário em Antioquia, Corinto e, finalmente, Roma.
- Em quarto lugar, quem olha para os últimos anos de sua vida e conhece os detalhes de sua morte, fica curioso para saber como esse homem viveu. Seus últimos momentos não estão relatados no Novo Testamento. Devemos, então, nos voltar às fontes antigas mas confiáveis nas quais descobrimos uma teia de fatos prováveis que nos impactam profundamente. Veja…
- Eusébio (260-339 d.C.) | Eusébio foi o primeiro historiador da Igreja. Ele escreve em Os Apóstolos 2.14.25: “Logo após, no mesmo reinado de Cláudio, uma graciosa providência levou a Roma o grande e poderoso Pedro, escolhido por seus méritos como líder dos apóstolos. Como um nobre capitão de Deus, ele proclamou o Evangelho da Luz e da Palavra que salva as almas… Os ouvintes de Pedro, insatisfeitos em apenas ouvir os ensinamentos verbais da mensagem divina, pediram a Marcos, cujo evangelho temos em mãos, que lhes deixasse um resumo por escrito dos ensinamentos que lhes haviam sido passados oralmente – já que Marcos era um seguidor de Pedro… Por isso, aquele homem (Nero), o primeiro a ser anunciado publicamente como o inimigo de Deus, foi levado a assassinar os apóstolos. Relata-se que, em seu reinado, Paulo foi decapitado e Pedro foi crucificado, ambos em Roma”.
- Clemente de Alexandria (150-215 d.C.) | Clemente foi líder da escola de discípulos em Alexandria (escola catequética). Ele escreveu em Missões e Perseguições 3.30: “Eles dizem que, quando o abençoado Pedro viu sua esposa morrer, alegrou-se por ela ter recebido seu chamado e estar voltando para casa. Pedro, chamando-a pelo nome, dirigiu-lhe estas palavras de encorajamento e conforto: Ó, tu, lembra-te do Senhor!”.
- Tertuliano (150-250 d.C.) | Tertuliano foi um escritor bastante produtivo em Cartago. Ele escreveu em Objeções à Heresia 36.1: “Pedro suportou sofrimento semelhante ao do Senhor”. Em Contra Escorpião 15.3, ele anotou o seguinte: “Em Roma, Nero foi o primeiro a manchar de sangue a fé que crescia. Pedro foi cercado e rapidamente mandado para a cruz”.
- Lactâncio (316-320 d.C.) | Lactâncio é descrito como o Cícero cristão. Ele foi tutor do filho de Constantino. Escreveu em Sobre a morte dos Perseguidos o seguinte: “Quando Nero já estava reinando, Pedro chegou a Roma, onde, em virtude da realização de certos milagres que operou pelo poder de Deus que lhe foi concedido, levou muitos à justiça e estabeleceu um templo firme e constante para Deus. Quando esse fato foi relatado a Nero, ele notou que não apenas em Roma, mas também em todo lugar, grandes multidões de pessoas estavam abandonando diariamente a adoração de ídolos e condenando os caminhos que seguiram antes, voltando-se para uma nova religião. Sendo que era um tirano detestável e pernicioso, lançou a tarefa de derrubar o templo celestial e destruir a justiça. Foi ele que primeiro perseguiu os servos de Deus. Paulo foi assassinado e Pedro foi pregado na cruz.”
- John Fox (1517-1587 d.C.) | John Fox escreveu o aclamado Livro dos Mártires, a maior obra sobre os mártires cristãos já escrita. De Pedro, ele relatou: “Dentre muitos outros santos, o bem-aventurado apóstolo Pedro foi condenado à morte e crucificado em Roma, segundo escrevem alguns… Hegespino conta que o povo, ao perceber que Nero procurava razões contra Pedro para matá-lo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido pela insistência deles, Pedro dispôs-se a fugir. Ao chegar, porém, à porta, viu o Senhor Jesus Cristo que lhe vinha ao encontro. Adorando-o, Pedro indagou: ‘Senhor, para onde vais?’ Ao que Ele respondeu: ‘Vou para ser de novo crucificado’. Pedro, ao dar-se conta de que era de seu sofrimento que o Senhor falava, voltou à cidade. Jerônimo afirma que o apóstolo foi crucificado de cabeça para baixo, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor.”
Por que Pedro?
A quantidade de material sobre ele; o seu caráter cativante; a liderança dele sobre os apóstolos; os fatos surpreendentes sobre a sua vida, da infância até a velhice, principalmente a forma como ele morreu, nos impulsionam a querer conhecer em maiores detalhes como esse homem viveu e se relacionou com o Senhor que o transformou; a maneira como Deus talhou nele o caráter de Cristo; o exemplo de caráter escultural que ele passou a exibir.
Jesus acha Pedro
Pois bem, tudo isso nos leva ao primeiro encontro de Jesus com Pedro. Está em João 1.40-42. Temos no texto de João a hora exata em que o soberano Escultor acha a sua pedra bruta, aquela que viria a ser uma de suas principais obras da graça salvadora e santificadora. O texto do encontro diz assim… leia comigo…
João 1.40-42
40 André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido o que João dissera e que haviam seguido Jesus. 41 O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: “Achamos o Messias” (isto é, o Cristo). 42 E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: “Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas” (que traduzido é “Pedro”).
Michelangelo (1475-1564) foi um renomado pintor, escultor e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte ocidental. Ele foi o pintor dos afrescos da famosa Basílica de São Pedro em Roma. Um de seus biógrafos conta que, certa vez, enquanto caminhava, Michelangelo encontrou um pedaço de mármore descartado. Diz-se que ele parou diante da peça e disse: “Eu vejo nele um anjo”.
A genialidade dos artistas os faz ver potenciais onde a maioria dos mortais deixaria passar desapercebido. Para os homens, Simão era um homem qualquer (um pedaço de mármore descartado). Todos passavam por ele e não viam algo de interessante. Jesus, porém, quando bateu os olhos nele viu a obra de arte que poderia surgir de sua vida. O Senhor viu em Simão o Pedro. Agora, como ele fez isso acontecer?
Preparando-me para essa mensagem, li sobre um escultor a quem foi perguntado o seguinte: “Como você esculpe um elefante?”. Ele replicou: “Simples. Eu pego um bloco de mármore e apenas vou talhando fora tudo aquilo que não é elefante.” Assim Deus fez com Simão e faz conosco.
Quando o Senhor nos acha pela graça e nos salva por meio da fé, ele vai nos dando forma, ele vai nos esculpindo, cortando fora, talhando, lixando e cerrando tudo o que em nós não é Jesus Cristo. O seu objetivo é talhar em nós o caráter do Filho. O seu propósito é nos transforma de Simão em Pedro.
A talha do mestre
A conversão em si é um ato instantâneo. No momento em que o Senhor coloca seus olhos sobre nós ele nos faz nascer de novo; ele coloca em nós fé; nós cremos de todo coração e somos salvos. Só que naquele momento nós ainda somos pedra bruta. Precisamos de refinamento até Cristo ser formado em nós. Esse é um processo que leva a vida toda.
Pela graça, o divino Escultor nos pega pedras brutas e esculpe em nós, ao longo da vida, de forma progressiva e gradual, o caráter de Jesus. Mas, como? De que forma a talha do mestre trabalha para criar em nós um caráter escultural? O encontro de Simão com Jesus nos dá uma dica fundamental.
A presença de Jesus é o que nos transforma. Paulo disse isso claramente no texto que nós lemos inicialmente. Veja de novo…
2Co 3.18 | E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.
O Senhor arranca as escamas dos nossos olhos e nos faz ver – “com a face descoberta contemplamos”. Passamos a ver o que não víamos antes. Começamos a enxergar o que a maioria, cega, não enxerga. Mas, o quê?
O Senhor se despe em beleza diante de nós – “com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor”. Passamos a nos encantar com tudo o que o Senhor é, fez, faz e fará. Nossos afetos se voltam em amor para Jesus Cristo. O resultado disso vem a seguir.
O Senhor nos transforma gradualmente pelo Espírito Santo – “segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.” Aquilo que passamos a ver e a amar, ou seja: a glória do Senhor, vai sendo cravado em nós pelo Espírito. Nós vamos sendo, progressivamente, santificados.
A talha do mestre, portanto, trabalha em nós, pelo Espírito Santo, fazendo-nos ver, encantando-nos com a sua glória, transformando-nos de pedra bruta em caráter escultural.
Pedro, em suas duas cartas, dá testemunho de que essa glória que ele viu naquele primeiro encontro com Jesus, seguiu se manifestando a ele em poder, transformando-o, esculpindo nele o caráter de Jesus.
Agora, prestem muita atenção, vejam como Pedro liga a glória de Cristo revelada em poder à Palavra inspirada e escrita de Deus. Ou seja, a glória de Deus que nos transforma pelo poder do Espírito, manifesta-se ordinariamente pela Palavra das Escrituras.
2Pe 1.16-21 | 16 De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; ao contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade. 17 Ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando da suprema glória lhe foi dirigida a voz que disse: “Este é o meu filho amado, em quem me agrado”. 18 Nós mesmos ouvimos essa voz vinda dos céus, quando estávamos com ele no monte santo. 19 Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. 20 Antes de mais nada, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, 21 pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo.
Cristo nos talha pela Palavra no poder do Espírito Santo. Receba a Palavra, leia, estude, medite e ore a Palavra. Você será transformado pela Palavra da graça.
A estrada para o caráter
Você se lembra que iniciamos essa mensagem falando da falta de caráter que há em nossos dias. Tornamo-nos autocentrados, ególatras. Precisamos, todos, desse encontro com Jesus que a todos transforma de pedra bruta em caráter escultural.
David Brooks estava certo quando falou que precisamos de modelos de caráter profundo. Carecemos desses exemplos e conselhos. Mas, não é só isso. Necessitamos da glória e do poder de Jesus revelado nas Escrituras. Sem ele, nada conseguiremos fazer ou produzir. Seremos, no máximo, pessoas moralistas. Pedro sabia que não bastam os bons exemplos. Precisamos da graça e do poder de Deus.
1Pe 4.11 | Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre. Amém.
Pedro não se cansava de buscar esse poder nas Escrituras. Veja bem, ele que tinha visto o Cristo transfigurado jamais deixou de ler e examinar com diligência e humildade as Escrituras, em busca de glória e de poder para transformá-lo.
2Pe 3.13-18 | 13 Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça. 14 Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis. 15 Tenham em mente que a paciência de nosso Senhor significa salvação, como também o nosso amado irmão Paulo lhes escreveu, com a sabedoria que Deus lhe deu. 16Ele escreve da mesma forma em todas as suas cartas, falando nelas destes assuntos. Suas cartas contêm algumas coisas difíceis de entender, as quais os ignorantes e instáveis torcem, como também o fazem com as demais Escrituras, para a própria destruição deles. 17 Portanto, amados, sabendo disso, guardem-se para que não sejam levados pelo erro dos que não têm princípios morais, nem percam a sua firmeza e caiam. 18 Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém.
Caráter escultural
O caráter escultural será formado em nós pela glória a que formos expostos, pelo poder do Espírito que emana da Palavra, transformando e santificando os nossos afetos.
O caráter escultural é obra de Jesus em nós pela fé.
2Pe 1.3-9 | 3 Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. 4 Dessa maneira, ele nos deu as suas grandiosas e preciosas promessas, para que por elas vocês se tornassem participantes da natureza divina e fugissem da corrupção que há no mundo, causada pela cobiça. 5 Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; 6 ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; 7 à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor. 8 Porque, se essas qualidades existirem e estiverem crescendo em sua vida, elas impedirão que vocês, no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, sejam inoperantes e improdutivos. 9 Todavia, se alguém não as tem, está cego, só vê o que está perto, esquecendo-se da purificação dos seus antigos pecados.
Na semana que vem, Deus permitindo, nós veremos em maiores detalhes o momento em que o Senhor achou a pedra bruta e começou a trabalhar, veremos em detalhes o primeiro encontro de Jesus com Pedro.
Hoje, finalizando, precisamos reconhecer que o mundo precisa de homens e de mulheres de caráter; nossas famílias, nossas igrejas, enfim a sociedade como um todo, nós todos precisamos de caráter.
- Cristo é o caminho. Ele é o caminho para o caráter. Portanto…
- Busque em Cristo uma nova vida, um novo caráter.
- Receba-o pela fé e confesse o seu nome.
- Arrependa-se de ter tentado viver de sua própria justiça.
- Receba a Palavra e viva pela Palavra da Vida.
- Construa um caráter escultural. Se foi possível para Pedro, será possível para todos os que crerem.
Autor: Leandro B. Peixoto
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