Orgulho

Eu e minha família estávamos de férias em Sedona, Arizona, e resolvemos andar a cavalo. Telefonei para o local onde se alugavam os cavalos para fazer uma reserva e pedir informações sobre como chegar até lá. As informações que me deram foram vagas, mas achei que poderia encontrar o local. No caminho, minha mulher me perguntou se não poderíamos ligar para lá e pedir maiores detalhes. Pensei que se eu fizesse isso iria parecer incapaz e incompetente, por isso disse que não e segui em frente.

À medida que percorríamos quilômetros e mais quilômetros, minha esposa ficava cada vez mais agitada e chateada. Continuei a procurar um determinado sinal na estrada que havia anotado. Finalmente encontrei-o no lado esquerdo, e não no lado direito da estrada, conforme me tinham ensinado. Àquela altura, “concordei” em parar em uma pequena construção, e perguntei a um homem que estava trabalhando. Ele não entendeu uma palavra do que eu disse, pois falava espanhol e eu só falava inglês. Mas de alguma forma nós nos comunicamos ao proferirmos “cavalos, cavalos”, e ele fez sinal para que eu seguisse em frente.

Nesse momento, minha esposa já estava furiosa.

– Por que você não perguntou aos donos do estábulo?

Eu estava começando a duvidar seriamente se encontraria o local e já estávamos atrasados. Peguei uma estradinha de terra que parecia promissora e… achei o lugar!

– Viu? – disse à minha esposa. – Você é que não teve fé em mim. Eu sabia o tempo todo que ia encontrar!

Portanto, eu estava certo, mas qual foi o preço que tive que pagar por estar certo?

A bela manhã com minha família tinha se transformado em um tenso pesadelo. Minha esposa estava zangada comigo e meus filhos choravam. A coisa mais fácil seria ter dito aos proprietários do lugar, quando fiz a reserva: “Por favor, será que podem me explicar melhor como chegar até aí?” Eu teria tido que admitir que precisava de mais ajuda do que já tinha tido, mas meu orgulho não deixou.

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