Através da oração, você alcança grandes vitórias. Todos os que oram e confiam a Deus os seus problemas, difíceis de solução, são recompensados pelo Todo-Poderoso. Nesta lição, você vai conhecer o quanto é bom orar, e aprender que tudo quanto se pede ao Senhor, com fé, mediante sua vontade, se recebe.
I. O QUE SIGNIFICA ORAR?
1. É conversar com Deus. É o diálogo que mantemos com o Pai celestial. Falamos-lhe quais são as nossas necessidades, enfermidades e dificuldades. Mas, antes de tudo, devemos agradecer por mais um dia de vida que Ele nos concedeu. Então, sentimos no coração a resposta, através do nosso espírito, que se comunica com o Espírito de Deus. Leia Romanos 8.16.
Daniel alcançou grandes vitórias em sua vida, porque sempre viveu em oração. Apesar de residir distante de sua pátria, orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, a cidade de Deus (Daniel 6.10). Por causa disso, laçaram-no na cova dos leões, que nada fizeram. Então, o rei Dario, seu grande amigo, não dormiu naquela noite, ao imaginar que Daniel havia sido devorado pelas feras. Porém ao contrário do que pensava, o jovem profeta de Israel estava bem vivo e glorificava a Deus por ter fechado a boca dos leões (leia Daniel 6.20). Vale ou não a pena conversar com Deus?
2. É ter comunhão com Deus. A Bíblia registra, em Gênesis 5.21, que Enoque, quando estava com 65 anos, passou a ter comunhão com Deus, através da oração. A cada dia, ele se aproximava mais e mais do seu Criador, por intermédio desta sublime prática. Trezentos anos depois, não foi mais visto, pois o Senhor o tomou para si.
Você só sentirá, realmente, a presença de Deus em sua vida, se for através da oração. Ela faz com que a pessoa sinta a comunhão real com seu Criador e Pai celestial. Seria impossível para os cristãos, no decorrer da história da Igreja, enfrentar os tribunais, as arenas, as fogueiras, os pelotões de fuzilamento, as prisões, a fome, a sede, a perseguição, a incompreensão, e tantos outros males, se não fosse a certeza de que não estavam sozinhos, mas sentiam uma mão que lhes segurava e uma voz suave a lhes dizer: “coragem amigos, pois estou aqui para lhes conceder a vitória, e logo mais estareis comigo!”
3. Não é rezar. Como já foi dito anteriormente, orar é conversar com Deus, é dialogar com Ele. É um processo que flui normal e espontaneamente. O Espírito Santo nos inspira as palavras que são ditas em cada oração que fazemos. De acordo com as nossas necessidades, usamos termos que jamais empregamos em petições anteriores. É isto que agrada a Deus: a nossa fuga das vãs repetições.
Os discípulos pediram a Jesus que lhes ensinasse a orar. O Mestre, de pronto, lhes respondeu: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos induzas à tentação; mas livranos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” (Mateus 6.9-13).
Esta é a única oração ensinada por Jesus e utilizada pela Igreja nos dias atuais. As demais, empregadas hoje pela Igreja Católica Romana em seus cultos, são consideradas rezas, citações elaboradas por alguém, repetidas milhões de vezes por seus devotos.
II. COMO ORAR?
1. De joelhos (Efésios 3.14). Certo pastor enfrentava grandes lutas em sua igreja, e não sabia como vencê-las. Encontrava-se, em certa ocasião, numa praça, e pediu a um engraxate que lhe limpasse os sapatos. O jovem de imediato, ajoelhou-se e iniciou o seu ofício. O pastor, com pena dele, perguntou porque ele não sentava no caixote. Ao que o rapaz respondeu: “De joelhos é melhor!” O pastor, intimamente, começou a chorar, e agradeceu a Deus pela mensagem recebida, através do jovem engraxate. Colocou a igreja em oração, de joelhos, e logo alcançou a vitória que tanto almejava. Compôs, inclusive, o hino, “De joelhos é melhor”, cantado em diversas denominações evangélicas.
Muitos consideram esta a melhor maneira de conversar com Deus, pois é uma demonstração de submissão, reverência e humildade.
2. De pé (2 Crônicas 20.5,6). Este texto refere-se a Josafá, rei de Judá, que, em pé, diante do povo, orou a Deus, e recebeu a resposta imediatamente. Os crentes costumam orar em pé, durante e no fim dos cultos, e têm recebido grandes vitórias.
O importante é a sua possibilidade! Se o templo está lotado, e não há mais espaço para o povo ajoelhar, além dos visitantes não evangélicos, que se inibem facilmente, o orar em pé, ou sentado (os velhos e os enfermos), é aceito de bom grado por Deus, pois o que vale é a sua intenção.
3. Deitado (2 Reis 20.2,3). Esta passagem registra a enfermidade de Ezequias, rei de Judá. Acamado, recebeu a visita do profeta Isaías que lhe transmitiu o recado de Deus a respeito de sua morte: “morrerás, e não viverás”. Deitado, Ezequias virou o rosto para a parede e orou. O Senhor o ouviu e concedeu-lhe mais 15 anos de vida.
Você deve aplicar, na igreja, a sua vida, com o melhor dos seus esforços e dedicação; passar boa parte do seu tempo, a cultuar a Deus e servir na evangelização; empregar todos os talentos na Igreja, para torná-la forte e vibrante; pagar os dízimos, para que você seja abençoado e a obra de Deus tenha recursos suficientes para funcionar (leia Malaquias 3.8-10); dar ofertas nos cultos “conforme a prosperidade” e “segundo o que qualquer tem” (leia 1 Coríntios 16.2 e 2 Coríntios 8.12); e dedicar os seus bens ao Senhor, pois você prestará conta a Ele de tudo o que administrou nesta vida.
III. ONDE ORAR?
1. No templo (Mateus 21.13). Biblicamente, todo o templo evangélico, dedicado a Deus, torna-se uma casa de oração. Nela os cristãos se reúnem para buscar a presença de Deus e receber as suas bênçãos. Consagrações, círculos de oração e vigílias são reuniões já tradicionais em nossas igrejas, ocasiões em que Jesus nos batiza com o Espírito Santo, cura nossas enfermidades e resolve os nossos problemas.
2. Em particular (Mateus 6.6). Jesus, em seu Sermão da Montanha, enfatizou que a oração feita em particular é ouvida pelo Senhor, que vê secretamente. É a melhor maneira do crente estar a sós com Deus e contar para Ele as suas angústias e viscitudes da vida, sem que ninguém saiba pelo que passa. É a oportunidade que você tem de confiar somente ao Senhor um problema de difícil solução.
Em família (Atos 12.12). A igreja em Jerusalém enfrentava uma das maiores lutas de sua história. Herodes, rei dos judeus, prendeu dois de seus principais líderes: Tiago e Pedro. A popularidade deste monarca estava baixa. Ele julgou que a perseguição aos cristãos iria ajudá-lo a recobrar seu prestígio. Mandou matar, primeiramente, a Tiago, para sentir a reação do povo. Foi um “sucesso”! Todo mundo o parabenizou. Então, ele marcou a data da morte de Pedro: um dia após o encerramento da Páscoa, quando todos os judeus se preparavam para retornar aos seus países de origem. Com este acontecimento, Herodes conseguiria o ápice de sua popularidade. Atos 12.5 registra: “Pedro, pois era guardado na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus”. Aqueles primeiros cristãos ainda não tinham um templo-sede para se reunirem. Utilizavam as casas dos irmãos em Cristo, para cultuarem ao Senhor. Oravam exatamente na residência de Maria, mãe do evangelista Marcos (escritor do segundo evangelho), quando um anjo de Deus, em resposta às suas orações, visitou o cárcere, onde estava preso o apóstolo Pedro, e o libertou. Leia Atos 12.12.
Hoje, nós chamamos esta reunião de oração em família, ou seja, entre pais e filhos, de culto doméstico. Os lares evangélicos que se reúnem diariamente, para orar, são felizes e harmoniosos. Os cônjuges são unidos, os filhos obedientes, além da saúde e prosperidade que desfrutam.
Você já realizou o seu culto doméstico? Se ainda não, comece hoje, e desfrute das bênçãos que Deus quer lhe conceder!
IV. QUANDO ORAR?
1. Ao deitar-se. Depois de um dia estafante, principalmente em uma cidade grande, onde se enfrenta os perigos mil, é dever do crente orar ao deitar, à noite, e agradecer a Deus os grandes livramentos, ou seja, a proteção contra os assaltos, as batidas de carro no trânsito, os atropelamentos; pela saúde e por tudo que lhe aconteceu, pois a Bíblia recomenda: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5.20).
Ao levantar-se. As nossas vidas estão entregues nas mãos de Deus. Por isso, é nosso dever, ao iniciarmos o novo dia, orar, para que o Senhor mande os seus anjos, a fim de nos livrar de todos os perigos, conforme lemos no Salmo 91.11: “Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos”.
3. Sempre (1 Tessalonicenses 5.17). Quem vive em total dependência de Deus, através da oração, é sempre vitorioso. Orar sempre significa viver 24 horas do dia em constante comunhão com Deus. É deitar-se, levantar-se, trabalhar, viajar, etc., com o pensamento voltado para as coisas espirituais.
V. VITÓRIAS ATRAVÉS DA ORAÇÃO
1. Nas tentações (Mateus 4.2,3). Jesus só venceu as muitas tentações que enfrentou, porque sempre viveu em oração. O Diabo não lhe dava trégua: tentava o Filho de Deus noite e dia, mas foi derrotado pela comunhão de Cristo com o Pai Celestial! Até no Calvário, Satanás tentou convencer Jesus a descer da cruz, mas não conseguiu, por causa do efeito da oração.
2. Nas enfermidades. Doenças incuráveis foram repreendidas pelo poder da oração. Até mortos ressuscitam, quando a igreja ora, pois nada é impossível para Deus. Os apóstolos Pedro e João foram ao Templo, em Jerusalém, orar. Na passagem pela porta chamada Formosa, deparam-se com o coxo de nascença. Este estendeu a mão e pediu-lhes uma esmola. Pedro, então, respondeu: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”. Isto só foi possível, porque os apóstolos viviam em constante oração.
3. Nas dificuldades (Atos 27.34). Paulo e 275 companheiros de viagem para Roma permaneceram 14 dias perdidos no mar Adriático, fustigados por uma tempestade interminável.
O navio, açoitado pelas fortes ondas, não naufragou, de imediato, porque o apóstolo estava entre os passageiros. Ele rogou a Deus, em oração, pelas vidas de seus companheiros. Em resposta, um anjo trouxe-lhe a seguinte mensagem: “Paulo, não temas: importa que sejas apresentado a César; e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo”. Ele, então, reuniu todos os passageiros e tripulantes e declarou-lhes: “Portanto, exorto-vos a que comais alguma coisa, pois é para vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da cabeça de qualquer de vós”. Na verdade, a embarcação foi destruída, mas todos os seus ocupantes se salvaram.
A oração, portanto, é a chave da vitória. Todos os que enfrentaram grandes lutas, mas confiaram no poder de Deus, foram vitoriosos. Orar é um hábito que se adquire gradativamente. Todos os que se prontificaram a orar ao Senhor, tiveram, no início, a contrariedade da carne. Mas a mortificaram e disciplinaram-na a tal ponto, que ficavam horas e horas de joelhos, sem perceberem o tempo passar. Tornaram-se grandes pregadores e ganharam milhares de almas para Cristo. Venceram todas as tentações e provações e, agora, aguardam, no Paraíso, o momento de receberem o novo corpo, para viverem eternamente com Jesus.