O privilégio de sermos dizimistas

ML 3.7-12, “7 Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes. Tornai vós para mim, e eu tornarei para vós diz o Senhor dos exércitos. Mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? 8 Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. 9 Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda. 10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança. 11 Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos. 12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos exércitos”.

INTRODUÇÃO:

1. Certa vez, Jesus, observando como as ofertas eram depositadas no gasofilácio do Templo, ficou impressionado com a oferta de uma viúva pobre, que depositou ali apenas duas moedas, mas fizera a maior oferta de todos os tempos. Seu ato ficou registrado na história bíblica, Mc 12.41-44, “41 E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito. 42 Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos, que valiam um quadrante. 43 E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; 44 porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha, mesmo todo o seu sustento”.

2. Naquela oferta, a viúva, não dera de suas sobras, como faziam os fariseus e muitos crentes de hoje em dia. Ela deu tudo quanto possuía. O que levou esta mulher a realizar tão grande ato, a ponto de ser reconhecida por Jesus? Ela não freqüentava a academia da lei, mas a faculdade do amor.

3. Em relação ao assunto contribuição, não devemos dar apenas o mínimo da lei, mas sim o máximo da graça de Deus. Vamos analisar: “Alguns Pontos Sobre o Ser Dizimista”:

I. SER DIZIMISTA, É SER OBEDIENTE À PALAVRA DE DEUS

1. É Deus através de sua Palavra que ordena que tragamos “todos os dízimos à Casa do Tesouro”, Ml 4.10, “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança”. Temos neste textos duas observações:

a. É preciso trazer “todos os dízimos”, e não reter nada,

b. É preciso trazer os dízimos para a “Casa de Deus”, Êx 23.19, “As primícias dos primeiros frutos da tua terra trarás à casa do Senhor teu Deus. Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe”.

2. Mas alguém dirá: “Dízimo é coisa da lei, e eu não estou debaixo da lei”. Devemos lembrar que:

a. Abraão deu o dízimo antes da lei, Gn 14.18-20, “18 Ora, Melquizedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; pois era sacerdote do Deus Altíssimo; 19 e abençoou a Abrão, dizendo: bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Criador dos céus e da terra! 20 E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos! E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo”.

b. Jacó também foi dizimista, Gn 28.22, “então esta pedra que tenho posto como coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo .

3. No N.T., Jesus não censurou os fariseus por serem dizimistas, mas pela sua hipocrisia, Mt 23.23, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas”.

4. A lei do N.T., dever ser superior à lei do A.T., Mt 5.20, “Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”.

5. Devemos ser dizimistas em obediência à Palavra de Deus.

II. SER DIZIMISTA, É AMAR A DEUS E SUA OBRA

1. Um dos maiores riscos que corremos, é colocar nosso amor ao dinheiro acima de nosso amor à obra de Deus. Paulo alerta Timóteo sobre o fato de que o amor ao dinheiro, é a raiz de todo mal, 1 Tm 6.10a, “Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males”.

2. Se amamos nosso dinheiro mais do que a Deus, corremos o risco de abandonarmos a fé, Mt 13.22, “E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a palavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a Palavra, e ela fica infrutífera”. Por isso, Paulo alerta Timóteo, que a cobiça faz com que alguns se desviem da fé, e se traspassem a si mesmos com muitas dores, 1 Tm 6.10b, “e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores”.

3. Quando retemos nossas contribuições, não somos abençoados com a promessa do amor de Deus, pois a Palavra de Deus diz que “Deus Ama ao que dá com alegria”, 2 Co 9.7, “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria”.

4. Se amamos de fato a Deus, devemos colocar nosso dinheiro a sua disposição. Dar pelo menos o mínimo exigido.

III. SER DIZIMISTA, É SER PARTICIPANTE NA OBRA DE DEUS

1. Deus poderia tocar sua obra utilizando outros recursos, como por exemplo o “ministério dos anjos”, ou o seu “Poder Realizador”.

2. Contudo, Ele deseja que nós tenhamos participação nesta obra, com nosso serviço e com nossa contribuição.

3. Paulo alerta a Igreja dos Coríntios que todos nós somos cooperadores de Deus, 1 Co 3.9, “Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus”. Só cooperam com Deus, aqueles que se dispõem a contribuir e trabalhar em sua obra e não aqueles que ficam elaborando planos, projetos, idéias, etc..

4. Muitos tem perdido o privilégio das bênçãos de Deus, por se mostrarem preguiçosos, egoístas no contribuir e trabalhar em sua obra. Para estes, veja o que diz a Palavra do Senhor: Sl 126.6, “Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos”. Não há maior alegria do que colher os frutos, os resultados na obra de Deus. Sejamos participantes nesta obra com nossa contribuição e com nosso trabalho.

IV. SER DIZIMISTA, É SER FAVORECIDO POR DEUS

1. Ml 4.10, “…se eu não vos abrir a janelas do céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança”.

2. Pv 3.9-10, “Honra ao Senhor com tua fazenda, e com as primícias de toda a tua renda; E se encherão os teus celeiros abundantemente, e transbordarão de mosto os teus lagares”.

3. 2 Co 9.6-10, “6 Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará, 7 Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria. 8 E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda boa obra; 9 conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre. 10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também dará e multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça”.

Vamos nos deter mais no Vs. 6, “E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com abundância, em abundância também ceifará”.

CONCLUSÃO:

1. Para ser dizimista, temos que:

a. Amar a Deus e sua obra,

b. Não amarmos ao dinheiro,

2. Certamente colheremos os resultados:

a. Seremos abençoados na medida em que contribuirmos,

b. As maldições do devorador não chegarão até nós.

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