Trabalhar, no Reino de Deus, é uma regra sem exceção: todos aqueles que nele entram (Jo 3:5) recebem não só uma filiação mas também uma missão. Seu cumprimento dá-se num contexto de uma estabilidade que é completa e definitiva: somos, permanentemente, alvos das “misericórdias de Deus” (v. 1): a eleição, justificação e a glorificação explicadas por Paulo nos primeiros onze capítulos de Romanos (Rom 8:30). Na prática, isto significa que nunca seremos tirados do Reino e nunca seremos desconsiderados trabalhadores do Reino. Por isso cabe perguntar: QUAIS SÃO AS EXIGÊNCIAS FEITAS POR DEUS AO TRABALHADOR DO SEU REINO?
I – DISPONIBILIDADE (v.1 “apresenteis o vosso corpo”) – o corpo que antes de Cristo tornara-se instrumento do pecado, agora Nele torna-se “instrumento de justiça” (Rom 6:12-13). Esta disponibilidade envolve reavaliação da agenda (definição de prioridades), discernimento do dom (como servir) e discernimento de ministério (onde servir)….
II – QUALIDADE (v. 1 “… como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”) – o engajamento no serviço do Reino não envolve apenas algumas horas de alguns dias, mas todas as horas de todos os dias, é, literalmente, um sacrifício – uma oferta ampla, geral e irrestrita de todo nosso ser a Deus, focada no prazer de Deus e não no nosso bem-estar.
III – CENTRALIDADE (v. 1 “ que é o vosso culto racional) – como trabalhadores do Pai nossas ações no Reino devem ser expressões claras e concretas de adoração a Deus. Não cultuamos a Deus num dia e hora específicos, mas em todo serviço que lhe prestamos através do corpo.
IV – RADICALIDADE (v. 2 “e não vos conformeis com este século”) – “século” representa um sistema mundano desconectado de Deus, contra o qual nos “inconformamos” por meio de um testemunho firme, porém, cativante. O trabalhador do Reino não se submete à ditadura da maioria mas à vontade explicita de Seu Rei, ainda que para isso tenha que ficar só.
V – MENTALIDADE (v. 2 “mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”) – a eficiência de nosso trabalho no Reino está diretamente ligado à disciplina com que selecionamos tudo o que ocupa espaços em nossa mente (Fp 4:8). Esta “renovação” vem pela meditação na Palavra e pela palavra da oração.
CONCLUINDO, a recompensa pela obediência a todas estas exigências é a experiência concreta da “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (v. 2) Assim, compreendemos que ser um TRABALHADOR FIEL DO REINO nos coloca no melhor lugar do mundo: o centro da vontade de Deus e nos dá a melhor de todas as realizações – agradar Aqueles que nos escolheu, justificou e glorificará.
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