Conta-se a história de um rei que um dia foi ao seu jardim e encontrou tudo murchando e morrendo.
Perguntou ao carvalho que estava perto do portão o que estava acontecendo, e descobriu que ele estava cansado de viver e tinha decidido morrer porque não era alto e lindo como o pinheiro. O pinheiro estava todo desconsolado porque não dava uvas como a videira.
A videira ia desistir da vida porque não podia ficar ereta e dar frutos lindos como o pessegueiro. O gerânio estava todo choroso por não ser alto e perfumado como o lilás; e assim por diante, em todo o jardim.
Quando chegou a um pequenino amor-perfeito, encontrou-o de rostinho levantado, radiante e animado como sempre. “Puxa, amor-perfeito, ainda bem que no meio de todo este desânimo achei uma florzinha corajosa. Você não parece nem um pouquinho desanimada.”
“Não, eu não sou muito importante, mas pensei que se o senhor quisesse um carvalho ou um pinheiro, um pessegueiro ou um lilás, teria plantado um, mas eu sabia que o senhor queria um amor-perfeito, por isso estou determinado a ser o melhor amor-perfeito que eu puder.”