Neste sermão vamos aprender sobre a importância da Bíblia na vida do cristão hoje.
Falar sobre a importância da Bíblia para o cristão é dissertar sobre o óbvio. É fazer um discurso absurdo, pois é dever de todo cristão não somente estudar a Bíblia, mas, acima de tudo, amá-la.
A Bíblia não é uma espécie de “livro de receitas da celestialidade”, é o manual de conduta do cristão, e deve nortear sua vida e seus sonhos.
“A Bíblia fala no tom de voz do próprio Deus”. (C. H. Spurgeon) Esse princípio divino precisa ser bem claro em nossa vivência cristã. Não somos uma comunidade vivendo sob suas próprias regras, mas uma comunidade de Deus vivendo sob as regras de Deus através da Bíblia.
O teólogo suíço, Karl Barth dizia: “Deus se revela de três formas: de forma suprema, em Cristo; de forma geral, pela Bíblia; e de forma direta, através da pregação baseada na Bíblia, a Palavra de Deus”. De modo simplificado: Sem Bíblia não há cristianismo genuíno!
“Não tente tornar a Bíblia importante; ela já é importante em si mesma”. (Dietrich Bonhoeffer)
Por que a Bíblia continua sendo tão importante para o cristão hoje?
I – Porque a Bíblia é a Palavra de Deus, e não nossas frases feitas.
Vivemos numa época de distância do alto conceito de Deus. Sem a Bíblia, nosso desespero eclesiástico vai inventar outras palavras para substituírem a Palavra!
Relativismo: a morte das verdades fundamentais. Quando a Bíblia é soberana em nossa ideologia, o relativismo morre.
Nenhuma idéia humana, por mais certa e bela que seja, é mais perfeita do que a Bíblia.
“A autoridade da Bíblia não provém da capacidade de seus autores humanos, mas do caráter de seu Autor divino”. (J. Blanchard)
II – Porque a Bíblia nos aponta o caminho, e não uma série de atalhos.
Vivemos num tempo de confusão. Tempo onde carecemos do resgate da Bíblia como “Lâmpada para os pés”.
A pessoa central da Bíblia é Cristo (“Eu sou o caminho” Jo. 14.6). Portanto, uma espiritualidade sem Bíblia será, automaticamente, uma espiritualidade sem Cristo.
“Da mesma forma como vamos até o berço tão-somente para encontrar um bebê, também recorremos às Escrituras apenas para encontrar Cristo”. (Martinho Lutero).
III – Porque a Bíblia exalta a Deus, e não as placas das igrejas.
No século da exaltação dos semideuses, e da infecção dos denominaciolátras, a Bíblia nos ensina o caminho do retorno – arrependimento!
Por melhor que seja a igreja, ela não é autoridade suprema – a Bíblia o é!
“A Palavra de Deus está acima da igreja”. (Thomas Cranmer) Esse princípio fundamental não pode ser esquecido, negligenciado ou preterido.
Deus é Senhor absoluto, o resto, apenas pó! (Sl. 103.14)
IV – Porque a Bíblia mostra ao homem seu verdadeiro estado: pecador!
Diante da Bíblia nenhum homem é super, somos todos servos!
“Há dois temas dominantes na Bíblia: um é a narrativa da sedução do homem pelo pecado; outro é a salvação do homem por Cristo”. (S. Barton Babbage)
A Bíblia forma nosso caráter com base no caráter de Cristo (Fruto do Espírito – Gl. 5.22,23). Quando o homem, instruído pela Bíblia, admite seu estado (pecador), então, pela Bíblia, ele recebe o abraço do Cristo que veio para libertar.
“Quero conhecer uma coisa: o caminho para o céu… O próprio Deus dignou-se a ensinar o caminho… Ele o escreveu em um livro. Oh, dá-me esse livro! A qualquer preço, dá-me o livro de Deus!” (John Wesley).
Conclusão
Sem Bíblia o cristianismo é apenas uma religiosidade vazia, mas, quando desenvolvemos nossa fé com base nas Escrituras, então somos livres.
Se quisermos viver vidas dignas do nome de “cristãos”, então não podemos viver sem respirar o ar abençoado da Palavra de Deus.
“A qualificação mais importante exigida do leitor da Bíblia não é erudição, mas, sim, rendição; não perícia, mas disposição de ser guiado pelo Espírito de Deus”. (Martin Anstey)
Autor: Pr. Alan Brizotti
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