Qualquer coisa serve

INTRODUÇÃO: O episódio talvez não seja conhecido, mas nos deixa grande lição. // Roboão era filho do rei Salomão (sucessor). Um fato narrado nas Escrituras Sagradas define com precisão o caráter de Roboão. Seu pai Salomão afligiu o povo com altos impostos, seus conselheiros, anciãos, pediram clemência. Mas ele preferiu os conselhos de seus amigos de infância. Ele foi cruel:” se meu pai vos afligiu com açoites, eu vos afligirei com escorpiões, o meu dedo mínimo pesará mais do que a mão de meu pai…” E desse modo o reino de Israel foi dividido em RN e RS.

Na divisão do reino, o rei perdeu tudo o que era precioso da casa de Deus. E entre os objetos de grande valor que perdeu, achava-se os “escudos de ouro da Casa Real”. Os escudos eram para saudar o rei ao entrar e sair de sua casa. Judá era uma nação teocrática. O rei era o representante de Deus. Os escudos de ouro refulgiam a glória do Senhor naqueles momentos significativos e de grandes bênçãos. // O rei Roboão não tinha mais os escudos de ouro, na divisão do reino levaram para o outro reuno. Mais ele não perdeu tempo, pois os escudos de ouro eram peças importantes no reino. Era símbolo do reflexos divinos. Pois Roboão desejando os escudos de ouro, mandou fazer escudos de bronze. Aplicou aquele velha filosofia: “QUALQUER COISA SERVE”. Mas a ordem de Deus era que os escudos fossem de ouro. Naturalmente racionou: “Não tenho ouro, vai bronze mesmo”.

Aplicação: Essa é uma tendência perigosa e prejudicial. Leva o homem ao conformismo, mata-lhe o estímulo e reduz a nada. Quem é um bom caçador acha ridículo aquele provérbio: “quem não tem cão caça com gato”. Isso nunca funcionou, é piada. Arranjos são sempre arranjos.

Esta filosofia de Roboão: “qualquer coisa serve”, não havendo ouro vai bronze.

Aplicação: Nenhum pedreiro ao construir uma casa, não tendo telhas cobre com palha, não tendo cimento faz com barro e fica satisfeito?

Esta filosofia de Roboão é defeituosa. Cuidado!

Partindo deste princípio, existem aplicações para nossa vida espiritual e muitos, infelizmente usam esta filosofia para, em sua ignorância, tentar enganar Deus.

ESBOÇO:

I – em lugar do ouro do poder preferem colocar o bronze da liturgia: Muitas igreja se preocupam com a multiplicação dos elementos da liturgia de seus cultos. A sofisticação da programação, a organização visual e esquecem da organização invisível, o espiritual. Elaboram sermões com ricos pensamentos friamente calculados, muita música, um show. Mas esquecem do ouro da reverência, da unção, esse ouro legítimo que pode fazer tremer corações. Cultos que impressionam mas não transformam.

II – EM LUGAR DO OURO DA ORAÇÃO PRETENDEM O BRONZE DA REPETIÇÃO: Há tempo para tudo, menos para orar. Querem testemunhar de Cristo, mas não oram. Temos tempo para fazer tudo neste mundo, menos para orar. Lemos biografias, grandes homens de Deus e ficamos deslumbrados com a sua vida de oração. Intimamente aprovamos os mandamentos do Senhor a respeito da oração, mas deixamos de lado. Limitamos a repetir as poucas palavras antes das refeições. E não temos tempo para devocional.

III – EM LUGAR DO OURO DA SANTIDADE PRETENDEMOS O BRONZE DO SOCIAL: O meu tempo é a sociedade, ao esporte, as viagens. E muitos líderes com mêdo de perder a santidade de seus jovens trazem o bronze social do mundo para dentro da igreja: Jogos , músicas frenéticas, daqui a pouco vamos ver os diáconos afastando os bancos da igreja para dar espaço a pista de dança. O finíssimo ouro da piedade está em buscar as verdades dos céus e na terra. De Deus e não do homem. Rejeite o bronze de tudo aquilo que te afasta do Senhor.

IV- EM LUGAR DO OURO SO SERVIÇO PRETENDEM O BRONZE DAS FANTASIAS: Isto é, trabalhos fáceis, que não custam grandes esforços. Com isso largamos a armadura de Deus em meio a batalha, e nos contentamos com qualquer resultado. Há muito crente irresponsáveis no serviço do Senhor. O comodismo abandona o ouro do serviço do Senhor e abraça o bronze de pequeninos trabalhos, que as vezes nem é mais serviço.

V – EM LUGAR DO OURO DA CONTRIBUIÇÃO, PRETENDEM O BRONZE DA DESCULPAS: Para quem não quer dar o dízimo, buscam muitas desculpas: “o dízimo é lei do A T.; eu estou no N.T.; só darei quando sentir no meu coração (o diabo nunca vai deixar você sentir este prazer); e vão por aí as desculpas, o bronze, o bronze. “Há, meu dízimo é pequeno, eu tenho vergonha” ou ” meu dízimo é alto, se eu der, onde a igreja vai aplicar?”. Tem muito crente roubando o Senhor nos dízimos. Trocando o ouro de Deus por bronze da desculpas e muitas almas gemendo nas trevas, indo para o inferno e você prendendo e roubando o dinheiro de Deus! Muito sangue vai cair sobre seus ombros no Dia do Senhor!

VI – EM LUGAR DO OURO DA COMUNHÃO, PRETENDEM O BRONZE DO LAZER: Não condenável o lazer, todo ser humano precisa de lazer se não enlouquece. Em lugar do ouro da comunhão, de estar na casa de Deus no domingo, na comunhão dos santos, preferem os passeios, o cinema, a TV. Em lugar do ouro da comunhão da leitura da Palavra de Deus, procuram leituras das páginas de esporte, jornais, … Tem crente que tem tempo de ler três jornais por dia e uma revista, e não lê um versículo da Palavra de Deus. Assiste três filmes de uma só vez, mas não tira três minutos para Deus.

CONCLUSÃO

Não pense como Roboão, não tem ouro, serve bronze. Fuja desta filosofia que qualquer coisa serve. Dê para Deus o ouro de sua vida. // Por que no seu trabalho secular se você for pontual e produtivo, você será bem remunerado. Por que na obra de Deus qualquer coisa serve? Só porque a remuneração está na eternidade? // Uma senhora disse: “vamos decorar a igreja em um minuto. Para a igreja a gente faz de qualquer jeito, ninguém percebe”. Outra disse: “vou assistir mais um capítulo da novela, nosso atraso aos cultos ninguém cobra de mim”. Será? // Precisamos comprar de Deus ouro e vestiduras brancas, para enriquecer nosso coração.

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