Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo – Efésios 4.15
O grande desafio de Deus para nós em 2008 é o crescimento como resultado do compromisso com o amor e a verdade.
Com base em Efésios 4.15-16, fomos desafiados no culto de vigília a prosseguir para o alvo (seguindo a VERDADE), com uma grande motivação (AMOR), certos de que o resultado será o crescimento em tudo (espiritual, orgânico, numérico). Por isso, iniciamos a série de mensagens do mês de janeiro com o tema “crescimento”, com base em Efésios 4.7-16.
Esse texto nos ensina VERDADES preciosas que devem ser ditas com AMOR para que alcancemos o resultado almejado por nós e por Deus.
TODOS OS CRENTES SÃO CAPACITADOS PARA O MINISTÉRIO
A graça (4.7) é carisma que nos habilita para o exercício de ministérios. É concedida a cada um que faz parte do corpo de Cristo. Ninguém fica de fora. A mesma verdade é ensinada em 1 Co 12.7,11 e 1 Pedro 4.10. Esses dons, que são variados, devem ser usados para edificar e fortalecer a fé uns dos outros na comunhão do corpo de Cristo e para fazer a igreja crescer em número.
Os dons espirituais são manifestações do ministério do Espírito Santo que habita em cada crente. Ele, Espírito Santo, é o dom de Cristo para nós (João 7.37-39; Efésios 1.13-14). Cada crente é como uma lanterna carregada de energia através de uma pilha (Espírito Santo); quando acionada (dom), libera o poder para exercer uma função útil. Como os cristãos estão submissos uns aos outros no temor de Cristo (Ef 5.21), todos se edificam mutuamente e fazem a luz de Cristo brilhar no mundo.
Somos desafiados a viver o princípio bíblico de que cada crente é um ministro de Deus de maneira muito prática, fazendo de cada casa uma igreja. O sistema de igreja em células cria reais oportunidades para todos os crentes exercerem ministérios de acordo com os dons recebidos de Deus.
TODOS OS CRENTES SÃO TREINADOS PARA O MINISTÉRIO
Além de habilitar cada crente para o exercício de ministérios através dos dons, Cristo concede ministros da Palavra (apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres – Ef 4.11) com o objetivo de treinar os crentes para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo (Ef 4.12). Quem realiza a oba do ministério? Os crentes. Quem edifica o corpo de Cristo? Os crentes. Para isto, além da capacitação através dos dons do Espírito, eles são treinados pelos ministros da Palavra. Logo, a prioridade dos pastores da igreja é o treinamento, o preparo de cada crente para que exerçam o ministério.
Um exemplo bíblico: Durante dois anos Paulo ensinava diariamente na Escola de Tirano, dando oportunidade para que todos os habitantes da Ásia ouvissem a Palavra (Atos 19.10). Paulo não saiu de Éfeso, mas fez dessa cidade o seu quartel-general e priorizou o treinamento dos crentes que, por sua vez, evangelizaram toda a região.
Os pastores, como ministros da Palavra, não devem restringir, mas facilitar o ministério de todos os crentes, fazendo com que cada um exerça a sua função no corpo (Ef 4.16); por outro lado os crentes devem submeter-se à orientação daqueles que o Senhor coloca na igreja para ensino e governo (Hebreus 13.17).
Vivendo este princípio bíblico, não teremos assistentes passivos nos cultos, uma vez por semana, mas crentes-ministros envolvidos em todo o tempo e em todos os lugares na promoção do Reino de Deus. O resultado será o crescimento exponencial da igreja.
TODOS OS CRENTES DEVEM TORNAR-SE MADUROS E RESPONSÁVEIS
O discipulado feito sob a coordenação dos pastores (ministros da Palavra) deve ter como meta a maturidade de cada crente: E cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo – 4.13. Se o referencial é Cristo, quanto mais crescemos mais necessidade sentimos de crescer.
Na igreja que evangeliza sempre haverá crianças em Cristo, pessoas recém-nascidas na fé, mas o objetivo do discipulado é levar todos à maturidade. Em 1 João 2.12-14 percebemos três níveis de maturidade: filhinhos (recém-nascidos na fé, ou crentes feridos), jovens (crentes em crescimento) e pais (cristão maduros que geram e cuidam). Filhinhos precisam de assistência; pais prestam assistência. É preciso passar, no tempo próprio, do leite ao alimento sólido (Hebreus 5.12-14). O autor de Hebreus deplora o crescimento retardado de crentes que já deviam estar gerando filhos na fé e cuidando deles, mas que ainda exigiam cuidados como de crianças necessitadas de leite.
Os crentes maduros são estáveis na fé (Ef 4.14), equilibram verdade e justiça no seu comportamento (Ef 4.15) e exercem a sua função no corpo, contribuindo para o crescimento da Igreja (Ef 4.16). Crentes maduros são responsáveis e comprometidos. Não é preciso lembrar a um crente maduro qual é a sua responsabilidade. Ele contribui para a edificação dos irmãos, evangeliza e discípula naturalmente, como estilo de vida, sem necessidade de cobranças e estímulos constantes. Por isso, a tarefa principal da liderança é levar os crentes à maturidade, seguindo o exemplo de Paulo: Assim nós anunciamos Cristo a todas as pessoas. Com toda sabedoria possível, aconselhamos e ensinamos cada pessoa, a fim de levar todos à presença de Deus como pessoas espiritualmente adultas e unidas com Cristo. É para realizar essa tarefa que eu trabalho e luto com a força de Cristo, que está agindo poderosamente em mim (Colossenses 1.28-29).
CONCLUSÃO
Estamos no mundo em missão. Somos como os ramos ligados na videira para dar fruto (Jo 15.1ª) mais fruto ainda (Jo 15.1b), muito fruto (15.5,8) e fruto que permaneça (15.16).
Jesus contou uma parábola para mostrar o perigo de uma igreja infrutífera – Lucas 13.6-9. Estejamos atentos à nossa responsabilidade e ao nosso privilégio. Caso contrário, poderemos ser podados por estamos ocupando inutilmente o espaço!
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