Papai Noel
Papai Noel é um velhinho lendário que traz presentes para as crianças no Natal. O Papai Noel de hoje se originou de um personagem real, São Nicolau, que viveu no séc. IV. Era bispo de Mira, uma antiga cidade da Lícia, e que fica atualmente na Turquia. De acordo com a lenda, era apenas um menino quando se tornou bispo. Era muito bom e saía freqüentemente à noite levando presentes aos necessitados. Depois de sua morte, sua fama espalhou-se pela Europa. Durante a Idade Média, São Nicolau tornou-se o padroeiro dos escolares. Os meninos de várias aldeias européias celebravam o dia de São Nicolau em 6 de dezembro elegendo um menino-bispo. Com roupas luxuosas o menino-bispo liderava um desfile através das ruas. Havia muita festa, mas no geral a ocasião era solene. Mais tarde, esse costume desapareceu, mas Nicolau continuou a ser um santo favorito das crianças.
Nos Países Baixos, jovens e velhos ainda celebram o dia de São Nicolau. Uma pessoa representando São Nicolau percorre as ruas montada em um cavalo branco.
As crianças gostavam tanto de São Nicolau e de seu hábito de trazer presentes, que o costume de celebrar seu dia foi mantido. Os holandeses levaram esse costume para a América do Norte ao se estabelecerem em Nova Amsterdã (atual Nova Iorque). Os colonizadores ingleses logo o assimilaram. A pronúncia do nome holandês do santo, Sinterklaas, sofreu nos E.U.A uma transformação e mudou para Santa Claus.
Na França, havia a tradição do Bonhomme Noël, que trazia presentes na noite de Natal, do Bonhomme Janvier, presenteador francês da festa de Reis (6 de janeiro) e do Père Fouettard, que trazia um feixe de varinhas para os meninos maus. Atualmente quem traz presentes é o Père Noël, que reuniu características do Bonhomme Noël tradicional e do Santa Claus norte-americano.
No Brasil, a figura de Papai Noel só surgiu na segunda década do séc. XX e só se popularizou depois de 1930. O nome foi tirado do Père Noël francês.
Árvore de Natal
Há uma lenda muito popular que diz que Martin Luther concebeu a primeira árvore de Natal na Véspera de Natal. Na beleza da noite, com as estrelas e no frio ele cortou um pequeno pinheiro e correu para dentro de casa com ele. Então, colocou algumas velas na árvore para que fizessem-se presentes as estrelas que tinha visto há pouco lá fora, e sua família sentou-se ao redor da árvore e cantou canções alegremente.
Luther teria feito isto durante os anos de 1500, mas é de conhecimento de todos que as tribos germânicas pagãs usaram o pinheiro durante suas adorações pois a árvore verde era um sinal óbvio de continuação da vida na terra durante uma estação onde a maioria das plantas estavam mortas. Tal uso da árvore durante o solstício de inverno parece perfeitamente natural.
O primeiro registro conhecido das árvores de Natal datam de 1603, na Alemanha. Naquela época eram pendurados nas árvores hóstias ou bolachas de eucaristia. Estas foram substituídos depois por biscoitos ornamentais.
Cantigas Natalinas
Ao longo da Idade Média a palavra “carol” era associada com cantigas dançantes (palavra derivada do italiano “carolare”, significando um anel de dança medieval acompanhado de cantigas). Antes do décimo sexto século, “carol” significava uma canção de alegria cantada nas Festas de Natal em celebração ao Nascimento de Jesus.
Trocas de Presentes
Um dos mais antigos costumes associados com o Natal tem sua origem em antigas festas pagãs. Os romanos, por exemplo, celebravam a Saturnália em 17 de dezembro com uma troca de presentes. Duas semanas mais tarde, no Ano Novo Romano (01 de janeiro), as casas eram decoradas com grinaldas e luzes e presentes eram distribuídos para crianças pobres. As tribos germânicas da Europa ao se converterem ao Cristianismo, passaram a comemorar o Natal com a troca de presentes. Em alguns países como a Itália e a Espanha, as crianças tradicionalmente recebem presentes no dia 05 de janeiro (véspera da Epifania) e não em 25 de dezembro. Em muitas nações norte européias, os presentes são dados em 06 de dezembro, durante as comemorações da Festa de São Nicolau (Papai Noel), patrono das crianças.
Sinos de Natal
Alguns historiadores contam que os sinos são tocados em Véspera de Natal para amedrontar os espíritos ruins na noite mais escura do ano, um velho costume pagão, é claro. E em tempos medievais a prática foi desenvolvida pelas igrejas, que soavam ou tocavam lentamente seus sinos na Véspera de Natal, de 11 horas para meia-noite, lembrando o nascimento da Criança de Belém. Isto seria seguido pelo soar de todos os sinos à meia-noite.
Presépios
No ano de 1223, na cidade italiana de Greccio, São Francisco de Assis foi a primeira pessoa a formar um presépio usando uma manjedoura com figuras esculpidas em volta, tal qual conhecemos hoje. A idéia surgiu enquanto lia um trecho de São Lucas que narrava o nascimento de Cristo. Ficou tão empolgado com a leitura que resolveu retratá-la em tamanho natural, numa gruta da sua cidade. A manjedoura era cheia de feno e foram colocados perto dela um boi e um jumento. Acima da manjedoura foi improvisado um altar e nesse cenário ele celebrou a missa da meia-noite, fazendo um comovente sermão sobre o nascimento do Menino Jesus. A partir daí os presépios tornaram-se freqüentes e cada um dos elementos que fazem parte do cenário simbolizam um papel importante: a Sagrada Família, os reis magos , os pastores, as ovelhas, o boi e a vaca representam a amizade e também a humildade; os anjos, representados com instrumentos musicais, significam a alegria; as auréolas circundando as cabeças de Maria e José indicam glória e santidade e a radiante luz com a qual Deus presenteou a Terra.
Cartões de Natal
O cartão de Natal surgiu em 1843, quando Sir Henry Cole, diretor do British Museum of London, percebeu quase no final do ano que não teria mais tempo de escrever à mão as felicitações de Natal. Quem fez os cartões, a seu pedido, foi o artista plástico mais badalado da época, John Callicot Horsley, membro da Royal Academy. Ele pegou um cartão pequeno e quadrado e dividiu-o em três partes. No centro desenhou uma família reunida em volta da mesa, bebendo alegremente, e ao lado crianças esfomeadas recebendo comida e roupas.Na parte de baixo escreveu: A merry Chrismas and a happy New Year to you.(Um alegre Natal e um feliz Ano Novo para você.) Depois os cartões foram impressos em litografia, cem ao todo, e coloridos à mão. Cole despachou cinqüenta pelo correio e vendeu o resto. Dessa época para cá, mandar e receber cartões tornou-se uma forma de dar e retribuir carinho e, com o desenvolvimento da arte gráfica, surgiram as impressões em cores, os cartões personalizados no próprio computador e tem até os que quando são abertos entoam lindos temas natalinos.
Ceia de Natal
A palavra CEIA (do latim coena) significa a última refeição do dia. A Ceia de Natal é uma festa de família, onde todos compartilham a mesma refeição com alegria, prazer e vida. É essencialmente uma forma de unir as pessoas para festejar a data do nascimento de Jesus. À meia-noite são feitas as orações e toca-se músicas natalinas. A mesa geralmente é farta, com iguarias raras. As frutas secas, de origem européia, dão um sabor diferente à ceia tais como: nozes, castanhas, amêndoas, avelãs, figos secos etc. Então o espírito do Natal renasce nos corações, tornando as pessoas mais sensíveis, felizes e otimistas.