Todos os planos que tão esperançosamente arquitetara desfaziam-se à sua frente. Com a perda da visão, ir-se-ia o ensino na universidade e todos os seus sonhos dourados. Perturbado e confuso, saiu do consultório médico apalpando o caminho como um sonâmbulo.Jorge era noivo. Encaminhou-se em direção à casa da querida noiva, esperando,sem dúvida, alguma palavra de conforto para o seu coração dolorido. Como daria esta notícia à moça que ele tanto amava e que prometera ser sua esposa? Seus planos estavam mudados: “E, como receberia ela a notícia? Quando lá chegou, contou-lhe em palavras calmas mas briosas a sua situação, sua mudança de planos, dizendo-lhe que ela teria liberdade para decidir segundo julgasse melhor. A noiva aceitou a liberdade!
A rejeição da noiva foi o segundo golpe. Pela segunda vez, saiu tristonho e sem ver o caminho por onde pisava. O golpe parecia acima de suas forças, e a dor lhe sufocava o coração!
Não estava só, porém. Alguém o protegia e ternamente lhe fortalecia o coração quebrantado, falando-lhe palavras amorosas e dando-lhe o bálsamo do conforto e do verdadeiro amor. O moço entregou-se nos braços do Verdadeiro Amigo, e todas as dificuldades foram vencidas. Uma nova disposição o dominou, tomando inteira e permanente posse de sua vida. E do seu coração quebrantado, mas cheio de conforto , saíram palavras de louvor e gratidão a Deus, cujo amor nunca muda, sejam quais forem as circunstâncias. Aqui estão dois versos do hino:
Amor, que por amor desceste,
Amor, que por amor morreste, Oh!
Quanta dor não padeceste,
Meu coração pra conquistar,
E meu amor ganhar.
Amor que nunca, nunca mudas,
Que nos teus braços me seguras,
E cerca-me de mil venturas.
Aceita agora, ó Salvador
O meu humilde amor.