Na medida em que se aproxima a páscoa, relembramos o sofrimento de Jesus. Pensamos na sua morte e meditamos sobre suas últimas palavras na Cruz.
O Cristianismo é a única religião cujo Deus tem feridas. Onde Deus se apaixona… sofre e morre por amor! A páscoa nos faz relembrar as feridas de Jesus… faz-nos pensar na sua dor.
Eu amo a celebração da páscoa porque é uma jornada ao coração de Jesus!!!
A páscoa é o acontecimento que revela o sentimento de um Deus apaixonado que ousou amar-nos ao ponto de morrer por nós.
O sofrimento físico de Jesus começa lá no Getsêmani e termina quando ele dá o seu último suspiro na cruz.
Em Lucas 22, verso 44, está escrito que Jesus entrou em agonia tão profunda que seu suor se tornou em grandes gotas de sangue que escorriam pela terra.
Um médico que fez uma análise clínica do sofrimento de Jesus desde o Getsêmani até a cruz disse que o “único evangelista que relata esse fato é Lucas, que é um médico; e ele o faz com a atitude de um clínico”.
Segundo esse médico, suar sangue é um fenômeno chamado de “hematidrose”. É um fenômeno muito raro produzido em condições excepcionais.
Ele diz que para alguém suar sangue é necessário uma fraqueza física acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção ou por um grande medo.
Essa tensão extrema provoca o rompimento das veias capilares que estão debaixo das glândulas que produzem o suor.
No caso de Jesus teria acontecido esse fenômeno. O sangue se misturou ao suor e se concentrou sobre a pele, e então escorreu por todo o corpo até a terra.
Jesus vinha sofrendo há algum tempo a angústia de passar por todo aquele sofrimento e acabou adoecendo.
Imagine se você soubesse que passaria por um sofrimento semelhante ao de Jesus. Talvez você enfartasse antes mesmo de chegar ao Calvário.
Jesus é preso e levado a Pilatos. Depois é levado a Herodes. E depois é levado novamente a Pilatos. A Bíblia diz que Pilatos escarneceu de Jesus e mandou açoitá-lo.
Os soldados prendem Jesus pelo pulso a uma coluna do pátio e o açoitam com tiras de couro cheias de bolinhas de chumbo e pequenos ossos, que serviam para machucar bem a pele e aprofundar as feridas.
A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor; suas forças se esvaem.
Depois vem o escárnio da coroação. Colocam uma coroa de espinhos em sua cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar.
Chega a hora de ir para o Calvário. Colocam sobre seus ombros o tronco horizontal da Cruz, que pesa uns cinqüenta quilos.
Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedras. O percurso é de cerca de 600 metros.
Jesus está cansado.. arrasta um pé após o outro… cai sobre os joelhos… seus ombros estão cheios de feridas abertas… A caminho do Calvário ele cai sob o peso da cruz…
O Centurião fica impaciente… Está passando por ali um norte-africano chamado Simão Cirineu (ele é da cidade de Cirene, no norte da África).
O Centurião o obriga a carregar o madeiro por alguns metros… Jesus cai outra vez durante a caminhada.
Chegam ao lugar da crucificação… Jesus é deitado de costas sobre o tronco horizontal da cruz. Possivelmente o tronco vertical já está fincado no chão.
Os carrascos pegam os pregos longos, pontiagudos e quadrados, e pregam as mãos e os pés de Jesus na cruz.
O médico que estudou o sofrimento de Jesus diz que ele sentiu “uma dor lancinante, aguda, que se espalhou pelos dedos e pelos ombros através dos nervos atingindo o cérebro. Cada movimento do corpo reavivava essa dor horrível”.
Jesus tem que respirar, mas não tem forças… Seus pulmões estão cheios de ar, mas ele não tem forças para esvaziar os pulmões porque fica pendurado na cruz durante seis horas.
Vivemos numa época em que as pessoas cultuam a beleza. O culto a beleza destrói a auto-imagem das pessoas, especialmente dos jovens.
Mas se olharmos para Jesus nessa cena, ele não parece muito bonito . Em Isaías 53. 2b diz que: “ele não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse”. Jesus estava feio e irreconhecível!
Nenhum ser humano foi tão martirizado como Jesus.
Há três verdades ligadas a essas feridas que se tornaram o meio de nossa cura e libertação:
Primeira verdade: Jesus foi ferido por homens.
Observe que o texto diz no verso 3 que ele era um “homem de dores… desprezado e o mais rejeitado entre os homens”.
Seus inimigos se alegraram quando ele foi pregado na cruz. Ele foi desprezado pelos líderes religiosos e pelos líderes políticos. Por que? Porque se sentiam ameaçados por Jesus.
A maioria das pessoas deriva sua importância de alguma coisa. Alguns se acham importantes porque têm dinheiro; outros se acham importantes porque têm conhecimento outros se acham importantes pela posição que ocupam.
Todos os que ocupavam posições de autoridade se sentiam ameaçados por Jesus porque o povo se mostrava entusiasmado com Jesus.
Uma vez que Jesus se torna o centro das atenções, resta-lhes tentar se livrar daquele que ameaça roubar sua platéia.
Segunda Verdade: Jesus foi ferido por Deus.
Alguns diziam que Jesus foi crucificado por se intitular o filho de Deus; Pilatos dizia que Jesus foi crucificado por inveja; outros diziam que Jesus foi crucificado por inimigos; outros diziam que Jesus foi ferido por causa de Judas, um amigo que o traiu.
Eu creio que hoje estou falando a muitas pessoas que foram feridas por inimigos e muitas que já foram feridas por amigos. Muitos já sofreram as feridas da traição.
Você sabe o que é ser ferido por um inimigo e o que é ser ferido por um amigo!
Jesus não foi ferido apenas por amigos e inimigos… Não foi ferido apenas pelos homens… mas também foi ferido por Deus!
O verso 4 diz: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido”.
O verso 10 completa dizendo: “Ao Senhor agradou moê-lo , fazendo enfermar”.
Terceira verdade: Jesus foi ferido por nossos pecados.
O verso 6 diz que “ele foi traspassado pelas nossas transgressões (pecado) e moído pelas nossas iniqüidades (pecado); o castigo (cruz) que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras (feridas) fomos sarados”.
Para que tamanho sacrifício? Para que tanto derramamento de sangue e tantas feridas?
Deus afligiu a Cristo para cumprir a exigência da sua lei. Segundo a lei de Deus não poderia haver remissão de pecados sem derramamento de sangue (Hebreus 9.22).
A lei determinava que os sacerdotes sacrificassem cordeiros, mas a prática era apenas um símbolo do Verdadeiro Sacrifício do Cordeiro Perfeito que é Jesus. Somente o sangue de Alguém sem pecado poderia nos purificar.
Alguém teria que morrer em nosso lugar para atender a justiça divina. Teria de ser Alguém com poder de vencer a morte. Caso contrário, estaríamos todos condenados a morte eterna.
Ao ver o nosso drama, Deus decide enviar seu Filho Jesus em forma humana para assumir nosso lugar na cruz e morrer por nós.
Em Apocalipse 5, verso 6, diz que João viu “de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados por toda terra”.
O cordeiro que aparece aqui é Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O quadro é simbólico: O Cordeiro tem “sete chifres” (onipotência); tem “sete olhos” (onipresença e onisciência – a ação do Espírito Santo em toda a terra).
Do verso 7 em diante diz que o Cordeiro (Jesus) “veio e tomou o livro” e assumiu o controle do nosso destino.
Ao ser ferido e morrer em nosso lugar, Jesus nos livrou da morte eterna e nos curou de nossas enfermidades espirituais.
Em João 10, versículo 10, diz que “O ladrão (o maligno) vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.
Sua morte nos deu a vida. Suas feridas nos deram a cura porque por suas feridas fomos sarados!
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