Algumas conversas na Bíblia eu teria pago qualquer preço para ter assistido:
*Jesus com 12 anos de idade ensinando Escola Bíblica Sabatina para os sacerdotes
*Jesus e Nicodemos—“o Mestre” em Israel (Nicodemos) apanhando no Instituto Relâmpago da Meia-Noite
*Jesus e a Mulher Samaritana—a campanha evengelística inesperada
Mas de todas as histórias bíblicas, de todas as aulas de Jesus, a que mais gostaria de ter presenciado foi no Seminário Ambulante de Jesus, caminho a Emaús. Há algo muito especial sobre essa aparência de Jesus a dois discípulos simples, humildes, tristes, confusos, e desconhecidos.
A história da aparência de Jesus para os discípulos caminho a Emaús mostra as tristes conseqüências de permitir que a cegueira espiritual ofusque nossa visão do Cristo ressurreto, e as maravilhosas conseqüências de realmente viver à sombra do túmulo vazio.
I. As Conseqüências de Não Viver a Realidade da Ressurreição de Jesus (24:13-31): Falta de Razão para Viver
Contexto da História: Lucas—o evangelho altamente preocupado com a humanidade de Jesus e sua preocupação com a humanidade. Jesus veio para “buscar e salvar os perdidos” (19:10)! Em Lucas Jesus, o Deus-homem, preocupa-se com indivíduos. É significante que, em Lucas, sua ressurreição é anunciada para três mulheres (Maria Madalena, Joana, Maria) e depois Jesus se revela para esses dois seguidores discípulos.
Vss. 13—15: naquele mesmo dia (o dia da ressurreição, domingo, um dia depois do sábado) os dois discípulos haviam presenciado todos os eventos da Páscoa e crucificação de Jesus, haviam ficado na cidade durante o sábado, e finalmente voltavam para casa em Emaús no domingo. Uma boa possibilidade é que eram casados (note mais tarde o plural: “não ardia NOSSO coração?”) O nome dele era Cleopas, provavelmente o mesmo que encontramo ao pé da cruz em Jo 19.25, junto com sua esposa, Maria (Jo 19:25).
Estão conversando e discutindo sobre o significado de tudo que havia acontecido em Jerusalém. Por que Jesus tinha que morrer? Como podiam ser tão enganados sobre ele? O que deu errado? Parece que não estão com muita pressa, talvez pela tristeza, andando como pessoas que não têm para onde ir. Talvez por isso Jesus consegue alcançá-los.
O primeiro versículo chave é 16: Os seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer. Por não viver a realidade da ressurreição, esses dois tiveram que experimentar tristes conseqüências, até que seus olhos foram abertos. Sua cegueira espiritual foi causada por uma falta de compreensão de que Jesus é o tema de TODAS as Escrituras, e consequentemente, uma falta de fé em seu poder sobre a morte.
As mesmas conseqüências acompanham aqueles que perdem perspectiva sobre a realidade da ressurreição de Jesus. Quando esquecemos de quem Jesus é, do significado da sua vitória sobre a morte, das implicações de nós estarmos “em Cristo”, facilmente caímos nessas tentações. Quando esquecemos de que, porque Jesus vive, eu viverei eternamente; quando tiramos nossos olhos da glória e do poder da Pessoa de Jesus; quando falhamos por não entender que Ele é o tema de TODAS as Escrituras . . . então caímos no buraco criado por cegueira espiritual
Há pelo menos 3 conseqüências que perseguem aqueles que tiram seus olhos de Jesus e vivem como se a vida não fosse eterna, como se Jesus não tivesse ressuscitado, como se tudo dependesse deles.
A. Tristeza (17)—Eles pararam entristecidos. Talvez no início o par não queria falar muito. Afinal das contas, podiam confiar nesse estrangeiro? Mas parece que Jesus consegue persuadi-los a revelarem o que realmente estava passando em seus corações. Posso imaginar os dois caminhando, cabesbaixos, confusos, desiludidos. Jesus pôe seu dedo direto na ferida deles quando pergunta, “Por quê estão tão preocupados?” “O que aconteceu que parecem tão deprimidos?” E eles simplesmente param. Talvez incrédulos. Tão possuídos por remorso, ocupados com o luto pelo seu amigo e Mestre falecido. O fantasma da tristeza havia estrangulado seus corações, exprimindo toda sua esperança e alegria. As tristes circunstâncias que os cercavam invadiram seus corações.
Quando não vivemos à luz da ressurreição, facilmente nos tornamos vítimas do fantasma de tristeza. Tornamo-nos “ateus praticantes”. Claro que conhecemos Jesus como Salvador. Mas tão facilmente focalizamos nas dificuldades dessa vida, sem focalizar as realidades do céu. Permitimos que as circunstâncias que nos cercam ditem nosso estado emocional. Quem não vive a realidade da ressurreição perde esperança diante de obstáculos, problemas e crises das mais variadas. Permitimos que dificuldades financeiras, problemas no serviço, problemas em casa, saúde, concertos que nunca páram em casa, até conflitos na própria igreja, roubem nossa alegria. Viveremos para sempre porque Jesus vive para sempre, e ninguém pode tirar essa alegria de nós.
Se você luta com tristeza em seu coração, desânimo, depressão, talvez o primeiro remédio que deve tentar é a receita chamada “ressurreição”.
Não esqueçamos de que os poucos anos de sofrimento nesta vida não são nada em comparação com a glória a ser revelada em nós por toda a eternidade (Rm 8:18). Como Paulo fala em 1 Co 15:19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas não temos que nos curvar debaixo das circunstâncias, mas voar acima delas na Pessoa de Cristo.
B. Tolice ( Bobagem) (18,19, 21-24, 25)—És o único, porventura, que, tendo estado em Jerusalém, ignoras as ocorrências destes últimos dias? Ele lhes perguntou, “Quais?”
Pense na ironia por trás dessas palavras. O autor, Lucas, deveria estar dando risada quando relata o acontecido. De fato, revela a tolice dos discípulos. São cegos mesmo! A solução de todos os seus problemas está debaixo do seu nariz, mas não conseguem enxergar. Então parecem meio ridículos, e não um pouco arrogantes. Estavam falando com a única Pessoa em tudo o universo que sabia MESMO o que havia acontecido em Jerusalém! Estavam falando com a única Testemunha ocular de TODOS os eventos em Jerusalém naqueles dias, desde a céia do Senhor no cenáculo, as orações no Jardim do Getsemani, a traição de Judas, as acusações diante de tribunais ilegais, duas entrevistas com Pilatos e Herodes, os chicotes, a coroa de espinhos, socos na cara, barba arrancada em punhos, a a procissão pelas ruas de Jerusalem, o peso da cruz, os pregos, a escuridão, a morte sufocada da cruz, o interior do túmulo, a declaração vitoriosa diante de demônios, potestades e principados, a morte da Morte, a gloriosa ressurreição. Es tu o único que ignoras as ocorrências? Estão falando sério?
Talvez você pense, “Não é injusto chamar os dois de tolos? Como poderiam saber que era Jesus?”
Primeiro, entendemos que sua cegueira era culpa deles.
Vss 21-24 mostram que já sabiam do fato da ressurreição, como relatado pelas mulheres e Pedro.
Segundo, Jesus mesmo chama eles de “Néscios e tardos de coração” (25)
Terceiro, Jesus os reprova por não compreenderem o que constava sobre ele em todas as Escrituras. Eles erraram (e caíram na cegueira espiritual) por não conhecerem as Escrituras. (26-27)
Creio que, se eles tivessem mesmo conhecido a Palavra de Deus, acreditado no testemunho das mulheres, teríam reconhecido Jesus.
Somos tolos, falamos bobagem, quando não vivemos nossas vidas conforme a Palavra de Deus. Quando nos estribamos em nosso próprio entendimento, quando conduzimos nossas vidas conforme bem entendemos, quando conduzimos nossas finanças, nosso namoro, nossas famílias, nossa empresa, conforme nosso “achômetro” assim como esses dois que “acharam” que sabiam toda a história, somos destinados a cometer grandes tolices. Quando pessoas procuram nosso palpite, nossa opinião, nosso aconselhamento, e compartilhamos sem realmente conhecermos a mente do Espírito revelada na Palavra de Deus, falamos e aconselhamos bobagens.
C. Temor dos Homens (19-21): Grandes homens, pequeno Deus.
Quando não vivemos à luz da ressurreição, facilmente caímos na armadilha chamada “o temor dos homens”. Prov 29:25 diz que “quem teme aos homens arma ciladas, mas o que confia no Senhor está seguro.” O temor dos homens é caracterizado por uma visão distorcida da realidade em que homens são grandes, poderosos, mas Deus é pequeno, impotente. É a síndrome dos gafanhotos que afligiu 10 dos 12 espias que entraram na Terra Prometida, só para esquecer da grandeza do Deus que havia libertado o povo da escravidão. “Éramos como gafanhotos diante dos gigantes daquela terra” foi o relatório que eles deram.
Aqui, os dois apresentam os mesmos sintomas: pequeno Deus, grandes homens. No vs. 19, sua compreensão de Jesus deixa muito a desejar: Jesus, o Nazareno (não “o Filho de Deus”), varão profeta.
Além disso, sua visão dos homens era grande demais. “Os principais sacerdotes e as nossas autoridadeo entregaram para ser condenado a morte, e o crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele (mas aparentemente não foi) quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.” (20,21)
Repare como o temor dos homens fez vacilar sua fé. Jesus não é mais Messias, Filho de Deus, Redentor, mas “o Nazareno, profeta, homem poderoso”–mas não Deus. Como caíram da graça! Como haviam esquecido da declaração de Pedro, “Tu és o Filho de Deus”. Como ignoraram a declaração do centurião, “Verdadeiramente este homem era filho de Deus.”
Para eles, os homens tinham ganho contra Jesus. Deus fora derrotado. Mas eram ignorantes do que Pedro iria pregar no dia de Pentecostes 50 dias depois, em Atos 2: Sendo este (Jesus) entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, curcificando-o por mãos de iníquos, ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela (At 2:23,24). Em outras palavras, Deus tinha tudo sob controle! É isso que Jesus explica quando diz em vss 26, 44, 46. Porventura não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória e São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos . . . Assim está escrito que o Cristo havia de padecer, e ressuscitar dentre os mortoe no terceiro dia.”
Deveriam ter conhecido a grandeza do plano e da Pessoa de Deus, primeiro pelas Escrituras, segundo pelo próprio ensino repetido de Jesus (eram discípulos!), terceiro pelo testemunho das mulheres que viram os anjos e o túmulo vazio. Mas o temor dos homens levou a uma incredulidade, cinismo. Por não viverem à luz da ressurreição, perderam esperança e, pior, perderam perspectiva. Homens se tornaram gigantes, e Deus pequeno.
Você sofre da sindrome do gafanhoto? Ou vive no poder da ressurreição? A maior demonstração do poder de Deus foi feita na ressurreição de Jesus dos mortos. Foi esse “quebra de paradigmas” que revolucionou para sempre todo o universo. As coisas nunca mais seriam as mesmas. Se Deus conquistou aquele que tinha o poder da morte, se Ele conquistou a própria morte, se ele anulou o poder da morte, o pecado, o que Ele não pode fazer por nós? Viver a realidade da ressurreição de Jesus no dia – a- dia significa lembrar que Deus é infinitamente maior que todos os problemas e todas as pessoas que nos ameaçam—Ele é maior que o nosso patrão, maior que o nosso vizinho, maior que o ex-namorado, maior que nosso professor no colégio ou na universidade, maior que a diretora da escola pública onde queremos que as portas se abram para o evangelho, maior que nossos filhos, pais ou cônjuges. Não precisamos viver o temor dos homens, mas sim o temor do Senhor, à luz da realidade da ressurreição de Jesus.
II. As Conseqüências de Viver na Realidade da Ressurreição (24:28-35, 44-48): Nova Razão de Viver
Se nossa história fosse uma propaganda, incluiria duas fotos: ANTES e DEPOIS. A primeira foto, que já vimos, mostraria dois discípulos, talvez um casal, cabesbaixos, tristes, desanimados, confusos, temendo homens. Esse é o retrato de pessoas que vivem como se a ressurreição não tivesse acontecido, que esquecem que a maior vitória do universo já foi ganha. A segunda, que veremos agora, mostraria duas pessoas totalmente transformadas.
No lugar da TRISTEZA—ALEGRIA E ÂNIMO
Em vez de TOLICE—ARDOR NO CORAÇÃO pela compreensão das Escrituras
No lugar do TEMOR DOS HOMENS—ANÚNCIO ousado da ressurreição, até diante dos mesmos líderes religiosos que mataram Jesus.
O que fez a diferença? Versículos chaves (dobradiça): (28-31) Aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o, e, tendo-o partido, lhes deu. Então se lhes abriram os olhos, e o reconheceram.
O que aconteceu? Será que foi uma maneira totalmente distinta de Jesus partir o pão? Será que sua bênção foi a mesma que falou na alimentação dos 5000, e dos 4000, e na casa de Lázaro, e Mateus, e no Cenáculo? Será que Ele orou como alguém que realmente conhecia a Deus—como se Deus fosse . . . seu próprio PAI? Foi a maneira como ele pronunciou as palavras, “Abba (Papai), obrigado pelo pão.”? Ou será que olharam para suas mãos, e viram as marcas dos pregos? Ninguém podia duvidar da ressurreição depois de ver aquelas marcas. Crucificação não permitia sobreviventes!
O importante é que a dobradiça (clímax) de toda a história foi quando Jesus partiu o pão, símbolo do seu próprio corpo quebrado por nós. A partir daquele momento, aqueles discípulos começaram a viver a realidade da ressurreição. Tiveram seus olhos abertos pelo Espírito de Deus para realmente compreender que o tema das Escrituras é Jesus, que a ressurreição dele é a nossa razão de viver.
vss 31, 45. Quando cremos num Jesus ressurreto, todas as Escrituras fazem sentido. As conseqüências de viver na realidade da ressurreição são exatamente opostas as conseqüências aqueles que não vivem assim. Tristeza torna-se ânimo e alegria. Tolice e dureza de coração são transformados em ardor no coração e sabedoria pela compreensão verdadeira das Escrituras. O temor dos homens muda para ousadia na proclamação de Jesus ressurreto. Veja as 3 conseqüências de viver a realidade da ressurreição . . .
A. “Ardor no Coração” (e olhos abertos) X Tolice—
32 Porventura não nos ardia o coração quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras?
Seus corações ardiam, pois o Espírito estava confirmando que o que Jesus falava era verdade. O testemunho do Espírito em conjunto com a exposição das Escrituras leva para o que chamo “Arrepio Espiritual”. Algo em nós diz, “é verdade!” Vibramos com a verdade! Começamos a ver Cristo em todas as Escrituras. As verdades espirituais começam a fazer sentido. Começamos a compreender tamanho amor que Deus tem por nós. Experimentamos sua graça. A luz raia em nossas almas. A ficha cai. Experimentamos aquele momento de estalo. Começamos a entender como Cristo exaltado é o foco das Escrituras. Desejamos saber e viver mais e mais: “Como crianças recém-nascidas, desejai ARDENTEMENTE o genuino leite espiritual, para que vos seja dado crescimento para salvação” (1 Pe 2:2)
Mas o que significa que Jesus é o foco das Escrituras? Será que Jesus citou um versículo da Lei aqui, uma frase dos Profetas ali, talvez um salmo messiânico em outro lugar? Creio que não. Ele mostrou como Ele mesmo é o tema de TODAS as Escrituras. As profecias sobre sua morte (paixão) e ressurreição, sim. Mas muito mais que isso. Ensinar Cristo em todas as Escrituras significa mais que raspar toda pedra do VT procurando um tipo de Jesus. Significa encarar o quadro maior, a história da redenção e o plano maravilhoso de Deus. Significa enxergar como as Escrituras apontam vez após vez a carência do homem contra o pano de fundo do amor e da justiça de Deus. Amor, justiça de Deus por um lado; pecado, sujeira do homem do outro. E no meio as profecias de esperanças pela vinda do Messias. Só podia significar uma coisa: A CRUZ e a RESSURREIÇÃO! (cf. p 339 Leon Morris, Luke).
Quando foi a última vez que você ficou arrepiado diante da Palavra de Deus? Que seu coração ardia diante da exposição da Palavra, ou no seu tempo devocional? Creio que nossa experiência no céu será algo semelhante o que esses dois discípulos experimentaram caminho a Emaús. Um eterno arrepio pela compreensão do que Jesus Cristo fez por nós no Calvário. Um coração que arde pois finalmente compreende o plano completo de Deus desde eternidade passada.
Ou será que você já ouviu tudo? Pra dizer a verdade, a Palavra é meio cansativa pra você. Ouso dizer que você e eu muitas vezes não vivemos à luz de um Cristo ressurreto. Caso contrário, as palavras dele seriam nossa VIDA, nossa sobrevivência. Se esse é o seu caso, tem que clamar a Deus que Ele se manifeste com clareza em Sua Palavra, apontando sempre a Pessoa do seu Filho.
B. Animo Renovado (e alegria) X Tristeza (33-35)—E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles . . .
Veja a transformação! No início da história estavam cabesbaixos, parados, tristes, sendo alcançados por Jesus que afinal das contas era morto só algumas horas antes. Mas agora, estão voltando, provavelmente correndo os 11 km para Jerusalém, mesmo tendo completado o percurso pouco antes. 22 km no mesmo dia! Na mesma hora—a idéia é de pressa, urgência, ânimo! Mas a realidade da ressurreição transformou-os, pondo combustível em seus corações, e um novo vigor físico e espiritual (Is 40:31—os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.”)
A realidade da ressurreição é o que nos dá ânimo para enfrentar mais um dia, mais uma semana, mais um mês, mais um ano. Para enfrentar esse mundo que vai de mal ao pior, que nos desanima. Ânimo para enfrentar mais uma semana de trabalho árduo, um orçamento que nunca dá certo, um esposo que não conhece o Senhor e não valoriza coisas eternas, crianças pré-escolares que exigem toda nossa energia e nos deixam exaustos, um ministério que pesa tanto, em que nunca há um “chega”, o trabalho nunca pára. É o fato de que Jesus está vivo, e nós viveremos sempre com Ele que nos dá esperança, coragem, convicção, ousadia e alegria. Nos dá força para continuar, pois sabemos que o eterno dia de descanso virá, e tudo terá valido a pena! (Hb 6:10, 1 Co 15:58)
C. Anúncio das Boas Novas (46-48)—(X o Temor dos Homens)
História: A primeira reação dos dois foi de contar as boas novas para os outros. De repente, não se preocupam mais com o horário, os bandidos na estrada, as feras. De repente, tem uma outra preocupação. Por causa da ressurreição de Jesus, buscam as coisas lá do alto, não as que são daqui da terra! Os dois chegaram aos discípulos, talvez já de madrugada no próximo dia. Nessa mesma hora Jesus aparece e dá um desafio em forma de ordem para eles e todos os discípulos: Anunciar as boas novas e reconciliação e ressurreição.
Quem realmente crê na ressurreição de Jesus não tem opção, a não ser de anunciar o que Deus fez por nós em Cristo! Com ânimo, arrepio, olhos abertos, anunciamos a reconciliação entre Deus e os homens. Essa foi a comissão que Jesus deu aos seus seguidores. Se ele está vivo, há implicações eternas para todo ser humano, implicações que têm de ser anunciadas com urgência.
Veja como essa obrigação é exatamente oposta ao temor dos homens daqueles que só vem os homens como gigantes e eles mesmos como gafanhotos.
Infelizmente, muitas vezes não vivemos a realidade da ressurreição em nossas vidas. O desânimo faz com que sejamos péssimos testemunhas da ressurreição. Parece muitas vezes que fomos batizados em suco de limão! O temor dos homens faz com que calemo-nos, com medo do que vão pensar a nosso respeito, medo de que vamos ser menosprezados na escola, ridicularizados. Mas o fato é que, quem cala a boca é o tolo, pois não vive conforme a maravilhosa luz da ressurreição que já recebeu . Anunciemos a Cristo, com alegria, arrepio, um coração ardente,
Desafio: Como eu gostaria de ter assistido aquela aula de “Síntese Bíblica” no Seminário Ambulante de Jesus! Mas o fato é que já tenho a apostila que Jesus usou! Cabe a mim agora viver à luz da ressurreição de Jesus, e encarar Ele como o tema das Escrituras. Será que a ficha já caiu em sua vida? Aquele momento de “estalo espiritual”? Você vive à luz da ressurreição de Jesus? Ciente de que viverá para sempre com Jesus? Que o sofrimento dessa vida não é nada em comparação com a glória a ser revelada em nós durante bilhões de anos?
Idéia: A realidade da ressurreição de Jesus renova nossa razão de viver.