Estava escrevendo um artigo sobre o envelhecimento da população e que naturalmente também tem implicações para a igreja.
Os membros de nossas igrejas estão envelhecendo e tem poucas igrejas preocupadas com isso. É até natural, pois os “velhos” têm mais passado do que futuro. Não tem mais o vigor da juventude, são mais lentos, escutam com dificuldades e tantas outras coisas da velhice.
Outra coisa, a maioria absoluta dos pastores não sabem como lidar com os velhos da igreja. Não aprendem sobre a velhice nos seminários teológicos e não estudam sobre as características dos idosos, suas necessidades etc. Os seminários não contemplam em seus currículos matérias sobre o envelhecimento. Todavia, o mais irônico de tudo é que os velhos serão a igreja do futuro.
Os velhos vão permanecer em suas igrejas, enquanto os jovens vão sumir pelo mundo para “ganhar” a vida. Os velhos são os dizimistas fiéis, enquanto os jovens são os consumistas na verba: querem bateria nova, teclado de última geração e bons microfones e mesa de som. Os velhos pagam por tudo isso e nem um único hino é cantado, pois é coisa de velho, de igreja antiga.
Os velhos estão agora fazendo parte do que é chamado de “os invisíveis da sociedade” e também da igreja. É pena que essa pastorada nada sabe como lidar com os velhos e criar na igreja um ambiente acolhedor para eles. Não sabem que os velhos têm filhos e filhas, netos e netas. Se ganhassem os velhos, ganhariam todas as gerações que eles representam.
Fui num culto de igreja americana e olhando para todos os lados pensei que estava num lugar nevando. Só cabelos brancos. Com um detalhe, quase todos os bancos vazios.
Os velhos, anote, serão a igreja do futuro.
ACBarro
- www.ftsa.edu.br– teologia EAD em 3 anos (MEC)