Aprendendo a Amar o seu Próximo

Intro: O homem foi criado imagem e semelhança de Deus, perfeito em tudo segundo o relato que nos é feito em Gênesis pelo próprio Criador, ao unir o homem à sua mulher o Criador disse: “serão uma só carne” isto nos caracteriza que o casamento tornaria duas pessoa em uma, Como isso seria possível?
Se Deus que nos criou podia conviver com harmonia subsistindo em três pessoas, nós que somos sua imagem e semelhança também poderíamos conviver com nossos cônjuges dessa forma.
Porém o pecado entrou no mundo, e todos sabem as consequências, tanto os céus como a terra sofreram transformações, todo reino vegetal foi transformado, e da mesma forma o reino animal e dentro deste o ser humano teve sua personalidade completamente distorcida pelo pecado, passando a viver uma vida egoísta e egocêntrica, completamente voltada para o “eu”.
Começaram a surgir então os problemas interpessoais, por isso em sua palavra Deus deixou muitas instruções de como amar o seu próximo.
Não existe pessoa mais próxima de nós do que nossas esposas e nossos maridos, e não é de se estranhar que aí surgirão os maiores problemas de relacionamento.
Como enfrentar os problemas que surgirão deste relacionamento?
Como solucionar as dificuldades que surgirão durante esta união?

Tema: Quero deixar com os três passos a seguir, passos que fazem parte do caminho de Deus e não do caminho do homem, para solução dos problemas:

Sent. Trans. Vamos ver qual é o primeiro passo para aprendermos a amar nossos cônjuges.

1. Aprender a amar o seu próximo (II Cor. 6:1)

a. A prática do amor cristão é uma característica de um discípulo do Senhor Jesus, e aqui Paulo nos exorta a não recebermos a graça de Deus em vão, “graça é receber aquilo que não merecemos”.

I. Deus nos amou (João 3:16).
II. Deus provou que nos amou (Rom. 5:8).
III. Cristo foi sacrificado por nós (II Cor. 5:21).

b. Cristo ao ser interrogado sobre o maior mandamento da Lei disse: amar ao Senhor de todo o seu coração (Mateus 22:36-38), e acrescentou que juntamente com este havia um segundo grande mandamento que é: amar o próximo como a ti mesmo (Mateus 22:39-40).

c. a primeira parte deste mandamento parece ser fácil de ser cumprida, porém amar a Deus com esta intensidade está diretamente ligado à prática do amor ao próximo:

I. Se você não ama o próximo, você não ama a Deus (I João 4:7-11 ; 20).

II. O amor bíblico não depende dos nossos sentimentos (João 14:15).
III. O amor bíblico depende da disposição de obedecer a Deus (I João 3:23-24)
IV. O amor do crente deve ser em resposta ao amor de Deus (I João 4:19).

Sent. Trans. Já vimos que um bom relacionamento é aquele que tem o amor bíblico. Agora outro passo importante é aprender a…

2. Conceder perdão uns aos outros (Efésios 4:32)

O perdão de Deus é um derramamento da graça (receber aquilo que não merece), e misericórdia (não receber aquilo que merece) que provê remissão de pena ao culpado.
Para entender e praticar o perdão bíblico, você precisa entender e aceitar o perdão que Deus lhe concedeu, e seguir no exemplo divino em conceder perdão aos outros.
Então se você não tem recebido do perdão de Deus você tem tomar o primeiro passo que é:

# reconhecer que é pecador (Rom. 3:23)
# reconhecer que está perdido e condenado à morte (Rom. 6:23)
# reconhecer o amor de Deus para com você (Rom. 5:8)
# crer de todo coração que Jesus é Deus, que ressuscitou dentre os mortos (Rom. 10:9-10)
# Crêr que Ele é Salvador dos que o invocam (Rom. 10:13)

Porém se você já desfrutou deste perdão, agora você precisa colocá-lo em prática, seguindo o exemplo divino em conceder perdão, e para tal é preciso:

a. Entender o perdão de Deus

I. A natureza de Deus é perdoadora ( Neemias 9:16-17)

(1) Deus perdoa qualquer tipo de pecado (Êxodo 34:6-7)
(a) “iniqüidade” (falta de integridade, honestidade ou justiça)
(b) “transgressão” (Transposição do limite entre o certo e o errado)
(c) “pecado” (Errar o alvo da perfeição divina)

(2) Deus estava pronto a perdoar enquanto nós ainda éramos inimigos (Rom. 5:10), e mesmo antes de estarmos preparados para pedir perdão (Rom. 5:8).

(3) Deus concede perdão com base na sua misericórdia, e não porque você mereça (Efe. 2:4-7) & (Col. 2:13-14).

II. Quando Deus concede perdão, Ele faz de modo completo ( Salmo 103:10-12)

(1) Ele purifica de “todo” pecado (I João 1:9)

(2) Ele não nos trata mais segundo nosso pecado, ao contrário a Bíblia diz que Ele cobre o nosso pecado (Salmo 32:1), e apaga todo nosso pecado (Salmo 51:9)

(3) Ele cessa de atribuir culpa pelo nosso pecado (Salmo 32:2)

(4) Ele promete não tocar mais no assunto (Heb. 10:14-18)

III. Deus nunca nega perdão quando o pecado é confessado (I João 1:9)

b. Responder ao perdão de Deus

I. Nós devemos conceder perdão aos outros assim como Deus nos perdoou em Cristo Jesus (Efe. 4:32).

(1) Conceda perdão voluntariamente sempre que alguém lhe confesse um pecado.

(2) Perdoe qualquer tipo de pecado.

(3) Perdoe com base na graça, e não nos méritos do ofensor.

(4) Crie expectativa de um relacionamento renovado com a pessoa perdoada.

(5) Perdoe completamente:
(a) não toque mais no assunto com a pessoa que o ofendeu.
(b) não toque no assunto com outras pessoas.
(c) não toque no assunto com você mesmo.

II. Nós devemos conceder perdão em nosso coração, mesmo antes que o ofensor venha nos pedir perdão (Marcos 11:25).

(1) O perdão é um ato de obediência ao Senhor (Lucas 17:3-10)

(2) O perdão dá ao ofensor aquilo que ele precisa, não o que ele merece (Lucas 23:39-43).

(3) O perdão é o amor de Cristo em ação, com compromisso de:
(a) Não guardar registro de ofensas (I Cor. 13:5).
(b) Não fofocar com os outros (Efe. 4:29).
(c) Não fixar o pensamento na ofensa (Fil. 4:8).
(d) Restaurar a comunhão (Rom. 12:18).

c. Ter conhecimento do perigo em rejeitar perdoar

I. Se conceder perdão aos outros é uma ordem, estaremos pecando quando nos recusarmos a perdoar (Tiago 4:17).

II. Quando não concedemos perdão aos outros, nós estaremos mostrando uma ingratidão egoísta diante do perdão misericordioso que Deus nos concedeu (Mateus 18:21-35).

III. Quando não estamos perdoando, Deus detém o perdão das nossas transgressões diárias (Mateus 6:14-15).

Sent. Trans. Já vimos que o primeiro passo para um relacionamento conjugal pleno é o amor bíblico, que o segundo passo é conceder perdão, agora trataremos do terceiro passo que juntamente com os outros é muito importante…

3. Remover os obstáculos à unidade e à paz

Para remover os obstáculos é preciso pedir perdão para pessoas que ofendemos, isso envolve reconhecer que você pecou contra elas e deseja misericórdia. Pedir perdão é vital para a reconciliação, e para que ocorra uma completa restauração será necessário:

a. Arrependimento ( mudar a ênfase em agradar a sí mesmo para a ênfase em agradar a Deus), o arrependimento bíblico resulta em:

I. Mudar do comportamento desobediente para o comportamento obediente (Mateus 26:19-20).

II. Reconhecer o pecado e assumir responsabilidade pessoal diante dele (I João 1:8-10).

III. Ter tristeza pelos pecados cometidos contra Deus e outras pessoas (Salmo 38:17-18).

IV. Remover as lembranças dos pecados passados, pois estas constituem em tentação para voltar a pecar (Atos 19:18-19).

b. Confissão (concordar com Deus quanto aos pecados que cometemos contra Ele e outras pessoas, com o compromisso de abandonar estes pecados).

I. Nós devemos confessar a Deus nossos pecados no âmbito total dos pensamentos, palavras e ações.

II. Nós devemos confessar nossos pecados àqueles contra quem pecamos, e quando formos fazer isto:

(1) Não devemos acusar, julgar ou trazer à tona as falhas das outras pessoas.

Ex: DIGA: “Por favor me perdoe por bater o telefone na sua cara”
NÃO DIGA: “Por favor me perdoe por bater o telefone na sua cara quando você me chamou de tonto”

(2) Não devemos nos desculpar.

Ex: DIGA: “Por favor me perdoe por usar palavras grosseiras”
NÃO DIGA: “Por favor me perdoe por usar palavras grosseiras, hoje não está sendo um dia bom pra mim”

c. Restituição (reparar ou compensar os danos causados pelo pecado)

I. A restituição deve ser feita sempre (Lucas 19:8-9)
II. No caso de adultério não existe restituição (Prov. 6:32-35)
III. A paz com o próximo é o alvo da restituição (Rom. 12:18)

4. Conclusão

a. Se aprendermos e colocarmos em prática o amor bíblico estaremos protegendo nossos casamentos e nossas famílias dos ataques de Satanás.

b. Se você tem falhado com seu cônjuge e por isso seu casamento está ruim, ore a Deus neste momento, confesse seu pecado e decida dar esses passos em direção a bênção!

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