Série: Marcas Espirituais de Uma Igreja Saudável – A Perseverança Unânime em Oração

Neste sermão vamos aprender a 1ª Marca de uma igreja saudável: A Perseverança Unânime em Oração

 

Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.

Texto: Atos 1.14

INTRODUÇÃO:

O conferencista e escritor Dr. Elias Dantas, paraibano radicado nos Estados Unidos, em seu livro sobre Uma Igreja Saudável e Crescente faz seguinte afirmação: “Igrejas Saudáveis e crescentes são comunidades que apresentam algumas marcas espirituais óbvias. Tais igrejas, em certo sentido, são manifestações locais de avivamentos.”.

A primeira marca, como revela o texto de Atos 1.14 é a Vida de Oração. Independentemente do porte da igreja, a Igreja Saudável tem a Marca da Oração. A santificação da vida do crente, só é alcançada pela oração individual. Sendo a oração individual um elemento indispensável para santificação pessoal, devemos pressupor que o mesmo se aplica à igreja, como um todo.

Um autor de nome Edmund Chan afirma: “Não há melhor maneira de aprender orar do que simplesmente orar.”. Essa decisão é o começo da santificação, e o retorno ao lar. Sobre oração Elias Dantas afirma: “Os que não entendem a necessidade de uma vida de oração, não conseguem entender que a significância teológica da oração não se encontra no que ela pode fazer por nós, mas muito mais pelo local que ela nos traz de volta: a oração nos traz de volta à casa do Pai. A presença do Pai.

 

I – A Perseverança Unânime na Oração é o Alicerce para uma Vida de Autoridade Espiritual

A atitude dos discípulos é de obediência a Jesus. Em Lucas24.49, Jesus afirma que eles deveriam estar se separando, em Jerusalém, para saírem pelo mundo pregando o evangelho.

Esse é o modelo de Jesus Cristo para que uma igreja tenha autoridade espiritual. Um crente, para que tenha uma vida saudável, antes de receber a capacitação espiritual e o revestimento de poder do Espírito Santo para anunciar com ousadia e autoridade a palavra do Senhor, é necessário ter o amparo da oração. Oração pessoal e oração coletiva.

Em todas as tarefas, ações, obras, decisões, projetos, é necessário ser revestido do poder da oração. A oração deve proceder todo e qualquer ato na vida do crente e na vida da igreja. A oração não é tempo gasto sem retorno. Oração é o concreto da base de uma vida saudável, de uma igreja saudável.

Ao orarmos, estamos priorizando o priorizável, ao orarmos estamos honrando ao Senhor, estamos colocando Deus no lugar que Ele sempre deve estar em nossa vida, em nossa igreja. Ao orarmos não estamos gastando tempo, mas estamos investindo nossa vida no Reino de Deus.

Falando sobre oração, Martinho Lutero declarou: “Portanto deixemos que a oração seja nossa primeira atividade logo de manhã, e a última ao findar ao dia. Evitemos diligentemente o falso e enganoso pensamento que diz: espere um pouco, logo mais orarei uma hora inteira; mas, agora, tenho isto e aquilo para fazer. Com tais pensamentos troca-se a oração pelos negócios, de tal maneira que se acaba por não orar o dia inteiro…”

Ao iniciar seu ministério, Jesus Cristo usou, para fazer o impossível possível, 40 dias de oração e jejum, ganhando de volta o que se havia perdido por Adão e Eva. Oração foi o alicerce do ministério de Jesus na terra.

 

II – A Perseverança Unânime na Oração precede todas as decisões

A escolha do novo Apóstolo

Atos 1.24

“E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido”

As decisões, as escolhas devem ser precedidas de fervorosa oração.

A igreja de hoje tem que perseverar nos ensinamentos dos Apóstolos, tem que aprender com a igreja do passado, especialmente a igreja de Jerusalém.

A vida diária dos convertidos incluía, obrigatoriamente, a prática da oração. Atos 2.42 fala do modo de vida dos convertidos “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, no partir do pão e nas orações.”

A igreja em Jerusalém era alimentada em todos os seus níveis e decisões pela oração de todos. Perseverantemente, ousadamente, e confiantemente. Eles haviam testemunhado do poder de Deus em curar a vida de três mil pessoas num só dia. Atos 2.41: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.”.

Através do texto de Atos 2.41-42, aprendemos que oração não é tudo na vida pessoal, e da igreja. Há pelo menos outras seis Marcas Espirituais de Uma Igreja Saudável. Iremos nos próximos domingos, como parte das celebrações dos 30 anos da nossa igreja, meditar em cada uma delas.

Para isso, somos desafiados a refletir sobre esta primeira marca: A Oração. Um autor afirmou: “Se a oração comunitária não existir, a igreja estará enferma.” Podemos inferir, se eu não orar estarei enfermo, se não me reunir como igreja para orar, ela estará machucada, ferida e necessitando de socorro espiritual.

 

É necessário orar como nos ensinam as Escrituras que temos de orar individualmente, como nosso exercício espiritual individual, mas temos de orar em grupo, como igreja. Não é bom ficar sem congregar com os irmãos, diz o escritor de Hebreus (Hb. 10.19-25).

19- Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,

20- Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne,

21- E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus,

22- Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa,

23- Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.

24- E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras,

25- Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

 

Afirma o texto que quando estamos juntos, várias coisas acontecem (Hb. 10.22-25):

22- Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, 23- Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.

24- E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e ás boas obras,

25- Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

a) Oramos juntos (v. 22) – com a oração sendo o instrumento de aproximação a Deus);

b) Crescemos na fé (v. 22)

c) Somos santificados (v. 22 c)

d) Somos animados a perseverar na nossa fé (v. 23);

e) Aprendemos a ajudar uns aos outros a viver em grupo

(v. 24);

f) Mantemos viva a nossa esperança (v. 25).

O Pr. William Proctor afirmou: “A fé é a oração no coração, e a oração é a fé nos nossos lábios. A oração é a chave para todos os tesouros da graça divina, abre todas as portas e nos dá acesso a todas as coisas; porém a fé é a mão que usa essa chave.”

 

Jesus começou seu ministério orando e terminou orando.

Jesus sabia que a oração deve preceder todas as decisões.

Jesus recorre a um local especial para orar: o Getsêmani. Teve três momentos de oração:

Marcos 14: 32-35; 39. Mateus 26: 40-41

 

a) v. 32,33 = 32 E foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu oro.

33 E tomou consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, e começou a ter pavor, e a angustiar-se.

b) v. 34,35 = 34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui, e vigiai.

35 E, tendo ido um pouco mais adiante, prostrou-se em terra; e orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora.

c) v. 39 = 39 E foi outra vez e orou, dizendo as mesmas palavras.

Após, chama a atenção dos discípulos por não vigiarem,

Mateus 26: 40,41 = 40 E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?

41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

“Marcas Espirituais de Uma Igreja Saudável”

 

III – A Perseverança Unânime na Oração promove a Unidade da Igreja

“… todos perseveravam unânimes em oração…”

. A unidade na vida de oração da igreja, cria um ambiente que permite um melhor discernimento da vontade de Deus para sua igreja.

. Impede a divisão de forças, promovendo a comunhão nos ideais e propósitos da igreja. Há apoio mútuo, espiritual e emocional entre os irmãos.

. A relação entre os irmãos cresce e melhora.

 

Mal. 3.16

“Então, os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao Senhor e para os que se lembram do seu nome.”

A oração é sinal de que lembramos do Senhor. Encurta o caminho para santificação.

 

II Crônicas 7.14

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e per-doarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”

. É a cura que o crente busca. É o que o Pr. Elias Dantas define como uma das duas funções da oração na vida da igreja. A outra é o desenvolvimento. São como um pilares centrais da saúde da igreja.

. A ênfase do texto não é na oração individual, nem é para um indivíduo. O texto diz “se o meu povo…” indicando que a igreja, que todos estão convocados se os que se chamam pelo nome do Senhor se humilharem, orarem e o buscarem, Ele os ouvirá do céu.”

. A individualidade é reprimida pelo Senhor, quando se trata da unidade da Igreja de Jesus. Há uma advertência para o crente que fica pulando de galho em galho e não cria raízes, não produz os frutos que o Senhor espera dele.

 

Hebreus10.25

“Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima.”

 

CONCLUSÃO:

 

1ª . Marca de crentes saudáveis

O livro de Daniel oferece a visão da ação e poder da oração. Ele tem um período de oração, por tempos angustiosos pelos quais passaria Jerusalém, e também a morte do ungido do Senhor.

A resposta demora um pouco a chegar, Daniel não desiste, apesar do longo período de oração e jejum.

(Dn. 10. 2,3,8,9). Persevera, e recebe a visita do mensageiro do Senhor.

2- Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas.

3- Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas.

8- Fiquei, pois, eu só, a contemplar esta grande visão, e não ficou força em mim; transmudou-se o meu semblante em corrupção, e não tive força alguma.

9- Contudo ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo o som das suas palavras, eu caí sobre o meu rosto num profundo sono, com o meu rosto em terra.

 

A primeira ação foi colocar Daniel em pé. (v. 10,11)

10- E eis que certa mão me tocou, e fez com que me movesse sobre os meus joelhos e sobre as palmas das minhas mãos.

11- E me disse: Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado. E, falando ele comigo esta palavra, levantei-me tremendo.

. Em seguida, por ser um homem de oração, e temente a Deus, ouve sobre sua condição diante de Deus (v. 11 a).

“… Daniel, homem muito amado…”

. Tem confirmado que suas orações foram ouvidas (v. 12)

12 Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, são ouvidas as tuas palavras; e eu vim por causa das tuas palavras

. Desde o primeiro dia

. Recebe a justificativa pela demora

. Houve uma batalha espiritual

. O príncipe do rei da Pérsia tentava impedir a resposta da oração de Daniel.

. Foi derrotado pelos príncipes do Senhor

 

Lições:

a) Deus espera que você não desista da oração

b) Deus, quando você ora, coloca você de pé

c) Deus, quer que você saiba que Ele ouve suas orações como ouviu as de Daniel.

d) Os príncipes do Senhor derrotarão os reis da Pérsia que tentarem impedir a sua resposta de oração. Amém.

 

Autor: Pr. João Roberto Raymundo

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