Sentimentos enraizados: amargura

Neste sermão nós vamos aprender sobre sentimentos enraizados: amargura

Texto: Hebreus 12.12-17

Propósito: Reconhecer que precisamos vencer a amargura ainda que a nossa memória traga as dores que enfrentamos. Superar com a ajuda de Deus. Mostrar que nossos corações possuem boas raízes.

Introdução: é aquele sentimento amargo de aflição, angustia, desgosto, de dor moral que nos atinge em cheio na alma. Amargura é uma barreira provocada por feridas, ressentimentos e mágoas armazenadas sem perdão, envenenando o interior.

Sentir amargura não é pecado, mas cultivá-la pode nos levar a muitos pecados e a prejuízos graves para nossa saúde e nossa alma. Isso acontece porque tudo que decorre da amargura gera coisas ruins que impregnam nosso espírito nos fazendo definhar aos poucos.

O apóstolo Pedro encontrou com um homem chamado Simão que era invejoso e mal intencionado. Chegou a querer comprar o poder para curar pessoas. Pedro disse a ele (Atos 8.21-23):

Não tens parte nem sorte neste ministério, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, da tua maldade e roga ao Senhor; talvez te seja perdoado o intento do coração; pois vejo que estás em fel de amargura e laço de iniquidade”

A Bíblia alerta contra esse mal…

A – Paulo advertiu os esposos (Colossensses 3.19:

Maridos, amai vossa esposa e não a trateis com amargura.

B – Paulo coloca como produto do pecado humano (Rm 3.10-14):

“Como está escrito: Não há justo, nem um sequer,

 não há quem entenda, não há quem busque a Deus;

todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.

 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,

a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;

C – Paulo falando como deve ser a nova vida cristão aos Efésios disse (Ef 4.31,32)

Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.

Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.

A Bíblia fala de quem venceu a amargura

A – José do Egito. Tinha tudo para ser uma pessoa cheia de amargura.

  • Foi vendido pelos seus irmãos;
  • Foi vendido como escravo para Potifar;
  • Foi assediado e acusado injustamente;
  • Foi preso e esquecido na prisão.

Mas, José sabia que os fatos da vida eram muito maiores do que ele mesmo imaginaria. José via suas dores como parte do plano de Deus para sua vida. Ele as canalizava e as usava para seu crescimento e maior aproximação de Deus e não como combustível para manter e aumentar a amargura.

Ele confiava no plano de Deus. E foi isso que Ele declarou à sua família anos mais tarde: “Agora, pois, não vos entristeçais, nem vos irriteis contra vós mesmos por me haverdes vendido para aqui; porque, para conservação da vida, Deus me enviou adiante de vós.” (Gênesis 45.5). Quem confia na soberania de Deus procura entender melhor as situações de amargura e as vence, confiando na soberania do Pai.

B – A menina israelita. 2Reis 5.1-3

Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso.

2Rs 5:2 Saíram tropas da Síria, e da terra de Israel levaram cativa uma menina, que ficou ao serviço da mulher de Naamã.

2Rs 5:3 Disse ela à sua senhora: Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o restauraria da sua lepra.

Essa menina tinha tudo para demonstrar toda sua amargura…..

Ela tomou o caminho da graça e levou seu patrão opressor a se dobrar diante de Deus. Naamã disse 2Rs 5.15:

“… Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo”.

C – Jó. Jó chegou a estar com muita amargura. Sua alma chegou a ser tomada por esse veneno (Jó 10.1):

“Estou cansado de viver. Vou me desabafar e falar da amargura que tenho no coração”.

Mas, Jó orou ao Senhor. Ele não aceitava essa situação (Jó 10.2-3):

Ó Deus, não me condenes! Dize-me de que me acusas!

Tu mesmo me criaste. Como, então, podes ter prazer em me maltratar e desprezar e em aprovar os planos dos maus?

Deus não responde a Jó, mas o faz entender os Seus planos. No final Jó falou 42.2,5)

“Eu reconheço que para ti nada é impossível e que nenhum dos teus planos pode ser impedido.

Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos”

Conclusão

Termino com a leitura de um texto do Pastor e poeta Rubem Alves intitulado “Pipoca”…

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens…o milho somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.

Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente.

As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira…

Piruá é o milho que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar… O  destino delas é triste.

Ficarão duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca e macia.

Não vão dar alegria para ninguém…

Seu destino é o lixo. E você, o que é?

Uma pipoca estourada ou um piruá?

O fogo gerado pelas experiências de adversidade e decepção produz dois tipos de pessoas:

  1. Homens e mulheres que são verdadeiros piruás, gente dura, cética e amarga para com a vida;
  2. O mesmo fogo faz de outros uma flor branca e macia que dão alegria a outros.

A diferença vai estar na opção interior que cada um faz diante das dificuldades.

Lancemos no mar do esquecimento todas as experiências desagradáveis que provocam dores em nós transformando-se em amargura na alma.

A raiz é o que sustenta uma árvore. Corte a raiz e a árvore morrerá rapidamente. A amargura também é assim. Esqueça os motivos que provocam ódio.

Autor: Rev. Eldo F. Machado

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