Que Tempo é este?

Introdução
O tempo não pára. Hoje é 1º de janeiro de 2006. O ano de 2005 já passou e não volta mais. Estamos caminhando. Qual o nosso ponto de partida? Onde estamos? Para aonde vamos? Essas perguntas nos convidam para uma pausa para reflexão.

O tempo deve ser entendido não apenas como quantidade, que pode ser medido, mas como qualidade, que dá sentido à vida.. Mais importante do que quantos anos de vida nós temos é o quanto de vida há em nossos anos. Cristo morreu com 33 anos e dividiu a história em duas épocas: antes e depois; Martin Luther King, Peter Marshall e Dietrich Bonhoeffer morreram com menos de 40 anos e marcaram a história.

Paulo afirma que está escrevendo a pessoas que conhecem o tempo em que estão vivendo (13.11). Jesus fala da importância de discernirmos os sinais do tempo. Por isso, vamos refletir sobre o tema: Que tempo é este?

É TEMPO DE CULTIVAR RELACIONAMENTOS NUTRIDOS EM AMOR
No capítulo 13.1-7 Paulo falou sobre o princípio da consagração cristã que é o cumprimento das obrigações, resumidas no versículo 7: “Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra”.

Agora, ela fala de uma obrigação permanente: Amar o próximo como a si mesmo (13.8-10). Ele reafirma o ensino de Jesus de que a lei se resume no amor e conclui: “O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor” (13.10). Agostinho dizia: “Ame, depois faça o que quiser”.

Esse amor que nutre os relacionamentos tem uma fonte: Deus (1 João 4.8; Romanos 5.5). Amamos com o amor de Deus derramado em nossos corações através do dom do Espírito Santo!

A expressão prática desse amor em relação a Deus é a adoração; em relação ao próximo, ao irmão, é o serviço mútuo de acordo com 1 Pedro 4.10. Esse serviço deve acontecer em nossos lares, no nosso trabalho, na escola, nas nossas células, nos encontros de celebração etc. O resultado é a comunhão na qual vivemos a vida em plenitude. Uma poesia baseada no Salmo 133 expressa essa realidade. Na primeira estrofe, é vista a beleza dessa comunhão: “Que vista amável é/ Quando com santo amor/ Irmãos unidos pela fé/ Adoram o Senhor”. A segunda estrofe fala do testemunho dessa comunhão no mundo: “O mundo observará/ Aquela santa paz/ e qual perfume sentirá/ O gozo que ela traz”. Como o mundo precisa desse testemunho! A terceira estrofe é uma oração, que deve ser agora a nossa oração: “Envia-nos, Jesus,/ do teu monte Sião/ O Santo Espírito que produz/ Aquela doce união”.

Que tempo é este?

É TEMPO DE DESPERTAR PARA AS AMEAÇAS E AS OPORTUNIDADES
Entre a nossa conversão e a volta do Senhor em glória é o tempo da missão. A volta do Senhor é iminente. Um dia para ele é como mil anos e mil anos como um dia. A salvação, como restauração final de todas as coisas, está mais próxima de nós agora do que quando cremos (13.11). Portanto, não é hora de dormir, mas de vigiar, de trabalhar, de cumprir a missão! O cumprimento pleno de todas as promessas de Deus para o seu povo acontecerá quando o Evangelho do Reino tiver sido pregado em testemunho a todas as nações (Mateus 24.14)!

Precisamos estar despertos para percebermos as ameaças representadas pelas trevas e as oportunidades representadas pela luz.

“Vai alta a noite” (13.12). Faz-se noite, trevas, em nosso mundo. Somos ameaçados a toda a hora pela violência, pela corrupção, pelas tentações de toda ordem. Por isso, Jesus dirige a nós as mesmas palavras dirigidas aos discípulos no Getsêmane, quando eles dormiam numa hora de extremo perigo: “Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.40-41). Não podemos dormir quando a integridade moral e espiritual das nossas vidas e da igreja é ameaçada por todos os lados. Sejamos sóbrios, vigilantes!

“Vem chegando o dia…” (13.12). O dia é o tempo de trabalho. “É necessário que façamos a obra do Senhor enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4). Não fiquemos amedrontados pelas ameaças, mas estejamos atentos para perceber todas as oportunidades que o Senhor nos dá para servi-lo! O dia está chegando! As trevas estão passando! Maior é o que está em nós do que o que está no mundo. Em Cristo somos mais do que vencedores! Estejamos atentos, alertas, porque as oportunidades passam. Vamos aproveitá-las.

Que tempo é este?

É TEMPO DE VIDA CRISTÃ REAL
É tempo de uma vida cristã real vitoriosa na batalha espiritual. Para isto, temos que nos desembaraçar de todo o peso do pecado, das obras das trevas (13.12; Hebreus 12.1) e nos revestirmos das armas da luz. As armas da luz, que se opõem às obras da carne, são a verdade, a justiça, a paz, a fé, o capacete da salvação, a Palavra de Deus e a oração (Efésios 6.13-19). Essas armas são “poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós, sofismas e toda a altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o pensamento à obediência de Cristo” (2 Coríntios 10.4-5). A vida cristã real é vida de vitória “contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Efésios 6.12b) para a libertação do ser humano aprisionado pelo pecado e por essas forças infernais (Efésios 6.12a).

É tempo de viver a vida cristã real libertando-nos não apenas dos pecados tradicionais da carne como orgias, bebedices, imoralidade sexual, depravação, mas, também, dos vícios insidiosos, que podem ser abrigados ou até mesmo exibidos no coração do crente e da igreja, como as contendas e ciúmes (13.13).

É tempo de vida cristã real revestindo-nos do Senhor Jesus Cristo (13.14). Isto significa expressar na terra a alta posição que temos em Cristo (Efésios 2.6; 4.1-3), vivendo, de acordo com a exortação apostólica, “com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Efésios 4.2-3). Como crentes, precisamos ser referência de vida real para as pessoas do mundo.

Conclusão
O tempo, em sua marcha inexorável, não para. O tempo investido nesta mensagem não volta mais. Mas o investimento pode permanecer. Depende de aceitarmos o desafio de nutrir nossos relacionamentos em amor, de nos despertarmos do sono para percebermos o que ameaça destruir as nossas vidas e as oportunidades que Deus nos dá de construirmos vidas que resistam às tempestades e vendavais a que estamos sujeitos e se nos dispomos a buscar a graça do Senhor para uma vida real que seja referência no mundo tão conturbado no qual vivemos. Qual a nossa resposta? Queremos apenas mais um ano de vida ou muita vida real e verdadeira nesse ano que começa?

www.ejesus.com.br

Comentários

comments

Contribua com sua opinião