No princípio, Deus: razões da incredulidade; razões para a fé

Os que crêem em Deus também se perguntam pelas razões dos que não crêem. Na verdade, os que crêem devem fazer essas perguntas como uma forma de exercício crítico. A cultura precisa de crítica. A ciência precisa de crítica, quando trata dos seus objetos e também quando se aventura por campos que não são os seus. Uma ciência sem crítica se diviniza a si mesma. Na verdade, este é o problema do ateu. Ele nega a Deus e se põe no seu lugar.
No final de 2006, a revista Time reuniu dois cientistas para um debate sobre fé e ciência. Um deles era Richard Dawkins.
Lendo seus argumentos e perscrutando outros autores, posso desenvolver mais claramente algumas razões arroladas para a negação da existência de Deus.
Vendo os argumentos do seu debatedor, cujo pensamento resumirei mais adiante, revejo o apóstolo Paulo discutindo em Atenas contra aqueles que achavam que sua fé num Deus criador, revelado graciosamente em Jesus Cristo, era uma loucura absoluta.

1. O ATEÍSMO COMO CONTRADIÇÃO
O ateísmo é a realização do desejo humano pela autotranscendência, tão velho quanto o capítulo 3 de Gênesis, onde lemos:
“Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher:
— Foi isto mesmo que Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?”
Respondeu a mulher à serpente:
— Podemos comer do fruto das árvores do jardim, mas Deus disse: ‘Não comam do fruto da árvore que está no meio do jardim, nem toquem nele; do contrário vocês morrerão’.
Disse a serpente à mulher:
— Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês, como Deus, serão conhecedores do bem e do mal”. (Gênesis 3.1-5)

Negar a Deus é uma contradição em termos; o homem nega o que quer ser: igual a Deus.
Querer mais faz parte do sentimento de eternidade de que Deus dotou o homem (Eclesiastes 3.11 — 11 Deus “fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez”). Querer saber mais faz parte do mesmo sentimento, mas o homem precisa saber que não conseguirá compreender inteiramente o que Deus fez. Nem por isto deve parar de estudar, de investigar.
Quem lê superficialmente Gênesis 3 pode ficar com a impressão de que Deus tem medo do conhecimento humano. Não. Deus apenas quer nos advertir que a ambição pode matar o homem. Se olharmos para a história de todas as guerras, veremos que todas foram feitas para saciar apenas um desejo: o de poder. Aqueles facínoras que arrastaram um menino de 6 anos, até que seu corpo fosse decepado, só queriam uma coisa: poder, poder em forma de dinheiro, para (segundo as palavras de um deles) curtir a vida em alta velocidade.
O ateísmo é uma delusão, é uma ilusão apesar das evidências de que o exercício do poder, seja ele científico, artístico, filosófico, teológico, financeiro, militar ou político, revela o que o homem tem de mais sombrio, como parte da vertigem da sua queda: sua natureza intrinsecamente má. Não há lugar para ilusões acerca do ser humano.
A desejada autonomia é uma ilusão, porque a alma, que quer ser autônoma, já está contaminada.

2. UMA SUPERIORIDADE QUE NÃO É
O ateísmo nasce da crença na superioridade da razão, criando a dicotomia que critica.
A superioridade da razão sobre qualquer outra faculdade humana (como o amor, a generosidade e a fé) faz parte da cosmovisão que se tornou predominante no mundo e já estava presente em Atenas.
Nessa cidade, Paulo, que falava de Deus como Aquele que “fez o mundo e tudo o que nele há é o Senhor dos céus e da terra, e não habita em santuários feitos por mãos humanas” (Atos 17.24), foi descartado, com olímpico desdém: “A esse respeito nós o ouviremos outra vez” (Atos 17.32).
Aquele era um tempo em que arte, teologia, filosofia e ciência tinham intuições, mas não ainda métodos próprios, que os modernos inventaram. Equivocadamente também os modernos inventaram uma hierarquia, segundo a qual o conhecimento científico está no topo. Auguste Comte achava que a ciência tinha um método preciso de descrição e interpretação do mundo. Por isto, ouvindo as suas fontes, um historiador, por exemplo, podia descrever a história tal qual ela se deu, como ensinou Leopold von Ranke, na esteira de Auguste Comte.
Olhando os erros da ciência, filósofos da ciência concluíram que o conhecimento não é neutro. Fui aluno do filósofo Hilton Ferreira Japiassu que, no Brasil, ficou conhecido por divulgar que a neutralidade científica é um mito. No entanto, a idolatria da razão tem impedido que esta percepção, embora tão precisa, chegue aos meios de comunicação de massa, ganhe as mentes das pessoas. Quando um programa como o Fantástico, dos domingos à noite na principal rede de televisão no Brasil, fala de ciência, fala dessa ciência que não existe, que fala de coisas relativas em termos absolutos, que mostra fatos “cientificamente” provados, logo inquestionados. A ciência popularizada ainda é a ciência de Comte, que nenhum filósofo ou cientista sério leva mais a sério, exceto, talvez, Richard Dawkins e outros paladinos da inferioridade da fé. A ciência produzida nas escolas, mesmo em universidade, é escrava da mesma ingenuidade, conquanto apresentada como rigor.
Em nome de uma certa ciência, a fé é ridicularizada, não por causa do comportamento de alguns que dizem tê-la, o que é merecido, mas em sua essência, como se fosse algo a ser evitado por uma pessoa inteligente.
Quando Dan Brown misturou fatos históricos com outros inventados por ele mesmo ou por outros, sem qualquer explicação (sobre o falso e o verdadeiro) numa nota de rodapé, foi recebido com entusiasmo, como se fizesse história e não ficção, porque a sua ficção questionava alguns fundamentos da fé, como a inspiração da Bíblia e a divindade de Jesus. Ele pode não ter escrito, mas seus leitores leram que ele escreveu que os evangelhos foram uma criação muito posterior aos fatos da vida de Jesus e foram manipulados pela igreja. Ele pode não ter escrito que Jesus não era Deus, mas seus leitores leram que ele tinha uma mulher; logo não era tão Deus assim. Dan Brown não foi comprado como ficção, porque foi vendido como tendo feito uma investigação histórica em moldes científicos, mesmo que tenha requentado lendas desacreditadas no próprio tempo em que foram urdidas como histórias para divertir ou para confundir.
Quando, em combate contra a fé, mesmo a fé autêntica, Richard Dawkins contesta o fato de que a história atesta que todas as civilizações buscam Deus como uma necessidade, os holofotes vão para ele. O espetáculo está garantido. Não por acaso, uma entrevista com ele postada no site Youtube foi vista por centenas de milhares de pessoas. Todo pregador que vende promessas vende; Jeremias, que não vendia promessas, mas a Palavra do Senhor, apanhou por não vender promessas, mas anunciar a esperança. Todo cientista que contesta promessas vende, precisamente por afirmar a suficiência da razão. Quem afirma o seu valor, mas agregado com sua insuficiência para explicar a vida, para fazer as pessoas realmente felizes, fica no esquecimento.

3. EM DEFESA DA PROVA EXISTENCIAL
O ateísmo decorre da descrença em qualquer outro tipo de prova que não seja o seu tipo de prova, no caso a prova experimental.
Na verdade, estamos diante de outra afirmação da superioridade da razão, de uma certa razão, é claro. O ateísmo não aceita a prova existencial, embora todos os seres humanos se realizem no encontro, e isto é existencial, logo experiencial, e não mensurável externamente, logo não experimental.
A confusão, orquestrada no caso, não serve à ciência, nem a fé. A questão não é que a ciência exige a negação da fé, por não poder provar a existência de Deus. A questão é: de que ciência estamos falando? De que cientista?
Que tal Francis Collins, geneticista, pesquisador-chefe e diretor do Instituto Americano de Pesquisa do Genoma Humano (National Human Genome Research Institute)? Eis o que ele disse: “a experiência de seqüenciar o genoma humano (…) é, ao mesmo tempo, uma realização científica e uma ocasião de culto”.(Informação apresentada em ). Para Collins, “estudar o mundo natural é uma oportunidade para observar a majestade, a elegância e a complexidade da criação de Deus”. [Debate com Richard Dawkinhs, em: VAN BIEMA, David. God vs. Science. Time. Sunday, Nov. 05, 2006. Disponível em ]
No seu livro “The Language of God: A Scientist Presents Evidence for Belief” (publicado em Julho de 2006), ele mostra que os seres humanos são únicos. Isto inclui a existência da Lei Moral (o conhecimento do certo e do errado) e a busca por Deus, que caracteriza todas as culturas humanas ao longo da história. (Informação apresentada em )
Numa entrevista, Francis Collins, que é evolucionista teísta, diz que prefere ser chamado de “um cristão sério, como alguém que crê na realidade da morte e da ressurreição de Cristo e que procura integrar isto à vida diária e não apenas relegá-la a algo que se ouve no domingo de manhã”.
Eis seu testemunho:
“Cheguei à fé bem mais tarde do que muita gente. Só experimentei realmente a conversão aos 27 anos de idade. Eu já estava interessado em genética e lamentava que houvesse uma colisão de meu interesse enquanto cientista com o que eu achava que uma pessoa de fé devia ser. Agora esta é uma experiência de síntese. Para mim, como uma pessoa que crê num Deus pessoal, a oportunidade de descobrir algo sobre nós que ninguém sabia antes, mas Deus sabia, é realmente um momento para não ser esquecido. Acho que isto expande a experiência da descoberta em caminhos que as pessoas que não são crentes não conseguem alcançar. É uma oportunidade de excitação científica e também de culto. (…) Há uma idéia comum de que um cientista atualizado não pode ser uma pessoa que crê num Deus pessoal. Estas duas áreas são inteiramente compatíveis e não somente podem existir dentro de uma mesma pessoa, de forma sintética, sem compartimentalização. Não vejo razão para uma discrepância entre o que eu sei como cientista, que passa o dia inteiro estudando o genoma dos humanos, e aquilo que eu creio como alguém que leva a sério o que a Bíblia me ensinou sobre Deus e Jesus Cristo. Essas visões são completamente compatíveis. A ciência é o meio — poderoso meio, na verdade — de se estudar o mundo natural. A ciência não é eficiente — nada eficiente, na verdade — em fazer comentários sobre o mundo sobrenatural. Os dois mundos são, para mim, bem reais e muito importantes. São pesquisados de forma diferente. Eles coexistem. Um ilumina a outro. (…) A idéia de que alguém tem que escolher um ou outro é um mito terrível que tem sido divulgado e que muitas pessoas têm comprado sem terem a chance de examinar a evidência”. [ABERNETHY, Bob. Interview with Dr. Francis Collins. Disponível em < http://www.pbs.org/wnet/religionandethics/transcripts/collins.html>]
Portanto, não cabe à ciência provar que Deus existe, nem negá-lo. O homem de ciência é que pode ter ou não fé, dependendo de sua livre escolha.
Na sua obra criadora, Deus criou os céus e a terra. Os céus simbolizam o mundo espiritual ou sobrenatural. A terra simboliza o mundo natural. Eles se tocam na criação, mas são distintos. Eles se interpenetram, mas são distintos. Foi assim que Deus os fez: céus e terra.
É por isto que há questões que a ciência, por mais que se desenvolva, não pode responder. Segundo Peter Medawar, imunologista, Prêmio Nobel de Medicina, a ciência é o empreendimento mais bem sucedido com que os seres humanos se envolveram, mas os cientistas devem ser cautelosos quando se pronunciam sobre questões ligadas ao significado da vida. [Cf. McGRATH. Atheist Interpreters of Darwin: Richard Dawkins on the God Delusion. Disponível em ]
A ciência pode entender a terra, nunca os céus; a ciência pode descrever a vida, mas nunca saberá o que ela significa.

4. A LIBERDADE É PARA SER VIVIDA
O ateísmo se alimenta da falta de uma visão da atuação de Deus no mundo, especialmente diante do sofrimento.
O homem quer o livre arbítrio, mas exige que Deus o quebre para que possa provar a sua própria existência. Estamos diante de mais uma contradição humana.
Deus escolheu fazer o homem livre, mas o homem quer culpá-lo pelas escolhas que faz.
Deus convida o homem para a comunhão com Ele, mas o homem prefere a solidão e reclama que está só no mundo.
Deus chama o homem para escreverem juntos a história da humanidade, mas o homem descarta o Criador, achando que pode fazer sozinho, mas depois se queixa que Deus não intervém para evitar as colisões de automóveis em alta velocidade, para evitar os efeitos das drogas nos jovens e nas vítimas que sua loucura vitaminada produz, para evitar que a natureza cobre o mar que a terra tomou ou para evitar que a terra tombe sobre as casas das encostas desarborizadas. O homem faz, mas a culpa é de Deus — eis a lógica (lógica?) da negação de Deus.
Deus é livre para intervir e para não intervir. Deus é livre para ouvir a oração e para não ouvir. Deus não é escravo dos caprichos humanos. Deus não é uma bola de tênis nas quadras humanas.

5. A ESCOLHA QUE VALE A PENA
Como você é livre, escolha crer em Deus.
A fé é uma escolha.
Richard Dawkins, o biólogo, estuda a evolução humana e vê o acaso em desenvolvimento.
Francis Collins, o geneticista, investiga os genomas humanos e vê um Deus pessoal e criativo em ação.

O astronauta Yury Gagarin foi ao espaço e não viu Deus.
Frank Borman, que foi 250 milhões de quilômetros mais longe, disse: “Tive um enorme sentimento de que tinha que haver um poder maior que todos nós, que havia um Deus, que houve de fato um princípio”.
James Irwin, que passeou na lua (1971), testemunhou: “Senti o poder de Deus como nunca tinha sentido antes.”
Outro astronauta, John Glenn, exclamou, depois de ver céus e terra das janelas do Discovery: “Ver toda esta criação e não crer em Deus é para mim impossível.”
Neil Armstrong e Buzz Aldrin, os primeiros astronautas a pousarem na lua, pouco depois que deixaram a espaçonave, sacaram uma Bíblia, um cálice de prata, pão e vinho. Ali na lua, seu primeiro ato foi celebrar a Ceia do Senhor. [COLSON, Chuck. Astronauts Who Found God. Disponível em ]

Para quem crê, não há dúvida: “os céus revelam a glória de Deus” (Salmo 19.1).

6. UM PROGRAMA PARA A VIDA
Se você ama a Deus e quer que outras pessoas o amem, quero oferecer alguns pontos para um programa de vida, não importa que Atenas não o queira ouvir, como não quis escutar a Paulo, rejeitado como anunciador de loucuras, porque a cruz sempre foi vista como loucura.

1. Afirme o valor da razão. Afirme o valor da ciência.
Não negue a razão, mesmo que seja limitada, porque ela é um componente essencial da vida humana. Deus criou céus e terra. A terra é o território para o exercício da razão e da ciência. É a razão e a ciência que nos permitem viver mais e melhor. É a razão e a ciência que produzem artefatos usados nas nossas casas, no lazer e na saúde.
Não há contradição entre fé inteligente e razão inteligente. Um homem de fé pode ser um cientista. Um cientista pode ser um homem de fé. Um homem de fé não precisa ter medo da ciência.
Ao afirmar o vale da razão e da ciência, estude. Escolha o campo de sua paixão. Se for ciência, estude ciência. Se for arte, estude arte. Se for filosofia, estude filosofia. Se for teologia, estude teologia. Se for história, estude história. Se for tecnologia, estude tecnologia.

2. Critique a ciência.
Precisamos criticar a ciência, quando ela extrapola, ao se propor a responder o que não pode responder, como o significado da vida.
Precisamos criticar a ciência, quando ela se apresenta como neutra.
Precisamos criticar a ciência, quando ela, na sua aplicação, se propõe a fazer o que pode ser feito, sem considerar as suas conseqüências. O que pode ser feito não deve ser feito. Uma máquina de matar pode ser feita, tecnologicamente falando, mas não deve ser feita, por suas implicações morais. A ciência reflete pouco sobre as conseqüências das suas possibilidades; esta é uma tarefa para os críticos. A ciência é uma coisa séria demais para ser deixada nas mãos apenas dos cientistas.

Quanto aos críticos da fé, vindos da ciência e da filosofia, leia-os, se a sua caminhada com Deus for além de uma experiência apenas intelectual. Os que crêem em Deus também precisam perguntar por suas próprias razões de fé, para também não se lançarem no lugar de Deus.
Quando a ciência e a filosofia criticam a fé (ou a religião), a fé precisa se perguntar se a crítica não procede. Há críticas no campo científico e filosófico e há críticas referentes aos comportamentos dos que crêem. A crítica intelectual é um convite ao debate, que deve ser realizado. (O debate que Francis Collins e Richard Dawkins travaram em novembro de 2006 é bastante instigativo, além de franco e honesto. [VAN BIEMA, David. God vs. Science. Time. Sunday, Nov. 05, 2006. Disponível em ]) A crítica comportamental é um convite a uma vida íntegra, que pode incluir até o perdão pelos erros cometidos, e os cristãos os cometemos individualmente e institucionalmente.
Cabe a cada um de nós ser íntegro. A integridade inclui a retidão pessoal, o exercício da solidariedade, a prática da indignação contra a injustiça, a promoção da paz.
Cabe a cada um de nós viver de modo digno do Evangelho. Quando não vivemos e somos criticados, devemos nos envergonhar. Como ensinou Pedro, “é louvável que, por motivo de sua consciência para com Deus, alguém suporte aflições sofrendo injustamente. Pois, que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus. Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos” (1Pedro 2.19-21).

3. Abra-se para Deus.
O sentido da vida vem da fé nEle.
Permaneça aberto para o transcendente.
Renove sua fé em Deus. Se for o caso, não pare de procurar por Deus e pelo significado que pode dar à sua vida.
Afirme que, no princípio, Deus criou, com a Sua Palavra, os céus e a terra.
Reafirme que, no meio, no ínterim humano, Deus se encarnou. Sim, “no princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. (…) Aquele que é a Palavra estava no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito e vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.1-3, 10-14).

4. Mantenha seu olho na eternidade.
Deus criou os céus e a terra. A vida não se esgota no imanente.
O autor aos Hebreus já nos ensina: “A fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos. Pois foi por meio dela que os antigos receberam bom testemunho. Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que aquilo se vê não foi feito do que é visível” (Hebreus 11.1-3).
Não se apegue às coisas visíveis, seja o conhecimento, seja o dinheiro, seja a felicidade. Elas passam. O que é eterno é invisível. É o que vale.

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