e vv.12-24 – “A Oração de Quem Deseja Ser Bem Sucedido”.
INTRODUÇÃO
A situação era aflitiva, havia sete anos (v. 1). Os israelitas se escondiam em cavernas, como Bin Laden (v. 2). O que produziam era levado pelos inimigos (vv. 3-4). A nação estava enfraquecida (vv. 5-6). Uma situação que parece, muitas vezes, a nossa. As coisas não se encaixam e a provação é grande. A causa pode ser pecado, como neste caso (v. 1). Podem ser causas alheias a nós. Deus levanta um libertador, Gideão. O diálogo é interessante e esclarecedor. Vamos vê-lo e aplicá-lo a nós. Porque Deus também deseja que nos libertemos do que nos oprime.
1. A APARIÇÃO DE DEUS E A SINCERIDADE DO FIEL
O anjo do Senhor (um mensageiro) lhe aparece (v. 12). Deus o escolheu para libertar o povo. Ele disciplina, mas liberta, no momento certo. A escolha pode não ser a melhor, mas é a que ele fez e ele faz as coisas bem feitas. Gideão foi bastante sincero (v. 13). Primeiro, questionou a palavra do mensageiro. Segundo, se queixou que Deus desamparou o povo. E perguntou pelas maravilhas do passado. “Por que Deus não faz assim de novo?”, é a questão que fica implícita. Aprendemos aqui com Gideão: comunhão com Deus não é pensamento positivo nem polyanismo. Ele se queixa, e conta como está a situação. Deus respeita nossa sinceridade e aceita que abramos o coração com ele. O fiel abre o coração com Deus.
2. A MISSÃO DE DEUS E A SINCERIDADE DO FIEL
O mensageiro poderia ter dito: “Pôxa, venho aqui dizer a este camarada que Deus o escolheu e ele está neste baixo astral! Deus deve ter errado!”. Apenas confirma o que Deus decidiu: v. 14.
Gideão volta a abrir o coração. Tem duas dúvidas. Primeira: como é que ele vai fazer isto? É um guardador de ovelhas! Segunda: tanto ele como sua família são sem expressão (v. 15). Uma boa lição. Reconhece as dificuldades. Da família e dele. Não tem projeção. Não há triunfalismo de sua parte. Deus não procura super-heróis, mas apenas pessoas honestas. A missão não é dos grandes. É para os honestos. Da mesma forma, a vitória de Deus é para os honestos.
3. A MISSÃO DE DEUS E A PRUDÊNCIA DO FIEL
Deus confirma a missão: v. 16. Gideão pede um sinal: v. 17. Traz comida para o mensageiro (v. 19). O mensageiro a destrói (v. 21). Falta de educação? Não. Gideão não tinha nada para dar a Deus. Deus é que tinha. Queria usar a vida de Gideão. Pensamos muito em termos de coisas, o que vamos ganhar, o que vamos perder. Esquecemos que Deus espera apenas que creiamos e obedeçamos. Fica a lição de prudência de Gideão. Pede um sinal. Quer segurança. Deseja garantias. “Senti no meu coração”, dizem alguns. V. pode ter sentido seus anseios, pode ter projetado seus desejos, pode estar confundindo seu querer com vontade de Deus. Olhe os sinais que Deus põe ao seu redor.
4. A ESPIRITUALIDADE DO FIEL E A MISERICÓRDIA DE DEUS
Agora começamos pelo fiel. Ele crê, por fim, absolutamente rendido (v. 22). A verdadeira espiritualidade traz seriedade na vida. Produz impacto espiritual. A pessoa muda a maneira de ver as coisas, entende, por fim. O Senhor reage a isto com misericórdia, oferecendo-lhe a paz (v. 23). O hebraico é xalom, termo de grande riqueza – mais que mera paz. Xalom é a totalidade das bênçãos e da boa vontade de Deus para com a pessoa. Deus o acalma. Gideão levanta um altar. A história da aparição termina com um ato de culto. Gideão começou com dúvidas e queixas. E terminou com quebrantamento e culto. Entendemos o que isto significa?
CONCLUSÃO
A história de Gideão não termina aqui. Na realidade, começa aqui. É isto que devemos ver. O começo de uma vida bem sucedida nos empreendimentos, sob a direção de Deus, envolve sinceridade, observância de sinais (como Deus está dispondo as coisas para nós), quebrantamento e uma atitude de culto.