A fala é um instrumento maravilhoso da raça humana. A linguagem é uma força, uma arma para nós. Tiago fala do poder das palavras (Tg. 3:1-12). A fala tem esta relevância porque o nosso Deus se comunica, Ele fala, Ele se revela pela palavra. A Israel Ele deu um código e orientou para que ouvisse a sua voz:
“Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido” Josué 2:8.
Neste texto Paulo nos informa que o plano de salvação está submissa à Palavra. A fé salvadora vem pela audição do que Deus está falando. De uma forma indireta o texto está dizendo que ninguém será salvo pelas boas obras, por ter um bom comportamento, por ter todo um sonho, por fazer atos religiosos. Uma pessoa para ser salva, livre de condenação eterna precisará ouvir a Palavra.
Qualquer pessoa que ouvir o evangelho estará sujeita a ser salva. E qualquer cristão que ouvir a Palavra de Deus tem toda possibilidade de agradar a Deus vivendo segundo à sua vontade.
O evangelho tem que ser verbalizado para atingir o homem na sua naturalidade e só depois gerar a fé salvadora. Da compreensão à aceitação, do ouvir ao crer, este é o caminho da salvação.
Uma pessoa que ouve o evangelho está sujeita a uma transformação radical e interior (Hb. 4:12).
A fim de demonstrar a necessidade de se fazer ouvir o evangelho este texto nos faz 04 perguntas pertinentes, que são:
1. COMO INVOCARÃO AQUELE EM QUE NÃO CRERAM? (V.14)
Somente invocamos a quem conhecemos. Se uma pessoa não conhecer a Cristo, sua morte, ressurreição e senhorio, não poderá invocá-lo. Um filho invoca o nome de seu pai e não de um estranho porque o conhece. Esta fé é o estágio inicial da salvação.
2. COMO CRERÃO NAQUELE DE QUEM NÃO OUVIRAM FALAR (V.14b)
A fé não nasce num vazio. Os missionários são enviados porque a mensagem precisa ser formalizada. Se o crer antecede o invocar, também o ouvir procede o ato de crer.
“ De acordo com as regras normais da gramática, a expressão aquele de quem deveria ser traduzida como aquele que; seria, portanto, o orador e não a mensagem. Em outras palavras, eles não crerão em Cristo enquanto não o tiverem ouvido falar por intermédio dos seus mensageiros ou embaixadores” J. Stott.
3. COMO OUVIRÃO, SE NÃO HOUVER QUEM PREGUE (14c)
Paulo está desafiando os romanos a serem crentes, a transmitirem as notícias oficiais de Deus registrada nas Escrituras. Sem os arautos não há ouvintes.
4. COMO PREGARÃO SE NÃO FOREM ENVIADOS (15a)
Agora a necessidade de arautos é confirmada com base nas Escrituras: Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!” (15b). Se aqueles que proclamaram as boas novas de libertação do exílio babilônico foram celebrados dessa forma, quanto mais bem-vindos deveriam ser os arautos do evangelho de Cristo!
- VEJAMOS O INVERSO DA ORDEM DESTES VERBOS:
Cristo envia seus arautos; os arautos pregam; as pessoas ouvem; os ouvintes crêem; os crentes invocam; e aqueles que invocam são salvos.
- VEJAMOS DE UMA FORMA NEGATIVA:
A menos que certas pessoas sejam comissionadas para a tarefa, não haverá pregadores do evangelho; se o evangelho não for pregado, os pecadores não ouvirão a mensagem nem a voz de Cristo; a não ser que eles a ouçam, nunca crerão nas veredas de sua morte e ressurreição; a menos que creiam nessas verdades, eles não invocarão o Senhor, e, se não invocarem o seu nome, nunca serão salvos.
CONCLUSÃO – A fé vem pelo ouvir. O não salvo ouve e recebe a influência do evangelho e sofre as transformações. Três ilustrações da palavra de Deus demonstram que ele é ativa: Semente (Mc. 4:14), Espada (Ef. 6:17) e Martelo (Jr. 23:29).
No salvo a Palavra de Deus produz santificação (I Tes. 5.23) e a purificação permanente (I Pe. 1:23). Orientar-se pela Palavra de Deus é orientar-se pelo que há de mais seguro no universo. Ouvir, ler e meditar na Palavra de Deus é sustentar-se no eterno (Mt. 24:35)
É a Palavra de Deus que descobre o nosso homem interior, que é viva (Hb 4:12).
Tomemos hoje o propósito de ouvi-la, de lê-la e de anunciá-la.
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